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Itália irá retirar foto de Mussolini de parede de ministério

Decisão foi comunicada pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico nesta terça-feira 'para evitar polêmicas e manipulações'

Por Da Redação
Atualizado em 18 out 2022, 18h23 - Publicado em 18 out 2022, 17h54
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  • Após diversas queixas, o Ministério do Desenvolvimento Econômico da Itália resolveu retirar de uma de suas paredes uma foto do ditador Benito Mussolini. A decisão foi comunicada pela pasta nesta terça-feira, 18, “para evitar polêmicas e manipulações”.

    De acordo com um comunicado do ministério, a foto do líder fascista, que governou a Itália de 1922 a 1943, estava em uma galeria do prédio porque ele foi ministro das Corporações, no último ano do regime.

    Segundo Giancarlo Giorgetti, ministro do Desenvolvimento Econômico e vice-líder da Liga, da extrema-direita, a foto era parte de uma exposição chamada Italia Geniale, criada para marcar os 90 anos da abertura do Palazzo Oiacenti, sede do ministério em Roma. Uma foto de Mussolini também está na “galeria de primeiros-ministros” do Palazzo Chigi, a residência oficial do premiê italiano, ressaltou Giorgetti.

    A presença da foto foi revelada e criticada pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), após confirmação de funcionários públicos.

    +Itália e Suécia apontam para ascensão do ultraconservadorismo na Europa

    A foto de Mussolini entrou no centro de um debate mais amplo sobre o legado do líder fascista, à medida que a Itália elegeu seu governo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial. Com 26% dos votos, mais do que qualquer outro, o partido Irmãos da Itália, originário do movimento neofascista, venceu as eleições para o Parlamento e alavancou sua líder, a veemente e magnética Giorgia Meloni, para o cargo de primeira-ministra.

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    Em setembro, Meloni chegou a publicar um vídeo em agosto dizendo que o partido havia “entregue o fascismo à história” décadas atrás, tentando apresentar seu grupo político como defensor do conservadorismo e da família. 

    Apesar das tentativas, no entanto, revelações recentes geraram problemas. Recém-eleito presidente do Senado italiano, Ignazio La Russa, cofundador do Irmãos da Itália, coleciona objetos fascistas.

    Recentemente, surgiu um vídeo dele exibindo relíquias fascistas, incluindo fotos, medalhas e uma estátua do ditador italiano, em exibição em sua casa. O clipe foi filmado em 2018. “Tem até um símbolo comunista, mas colocamos embaixo dos pés [da estátua de Mussolini]”, diz La Russa no vídeo.

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