As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram nesta quinta-feira, 26, que seus soldados prenderam 60 suspeitos de filiação ao Hamas, dentre eles 46 membros ativos do grupo terrorista palestino, durante ataques noturnos à Cisjordânia.
As FDI e o Shin Bet, órgão de inteligência israelense, em coordenação com a Polícia de Fronteira, disseram ter conduzido extensas operações em toda a Cisjordânia na noite de quarta-feira.
Houve numerosos confrontos entre as as FDI e os palestinos na Cisjordânia nas últimas duas semanas. O exército israelense atestou que houve “várias tentativas de ataques terroristas” vindas de lá contra Israel. As autoridades afirmaram que a operação fez parte de um “esforço contínuo para desestabilizar as atividades terroristas e confiscar equipamento de combate na região”.
O relatório das FDI afirma que seus soldados apreenderam e confiscaram duas armas M-16 na cidade de Tubas, perto de Nablus, após um confronto com os habitantes locais. Segundo Israel, os moradores atiraram pedras e alguns usaram armas contra as FDI, que abriram fogo em retaliação.
Segundo as FDI, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, seus soldados prenderam cerca de 1.000 palestinos procurados na Cisjordânia, sendo cerca de 660 deles afiliados ao Hamas.
De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, órgão reconhecido internacionalmente que opera na Cisjordânia, cerca de 100 palestinos de lá foram mortos pelas forças Israelenses e, em alguns casos, por colonos judeus, desde 7 de outubro.
A Cisjordânia é um território de maioria palestina que faz fronteira com a Jordânia e o Mar Morto, ao leste, e com Israel, ao sul, oeste e norte. Além de ser populado por palestinos, porém, o local foi ocupado por inúmeros assentamentos israelenses, ou colonatos judeus, que a comunidade internacional considera ilegais e parte de uma “ocupação”.