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Israel pede demissão do chefe da ONU por críticas à ofensiva em Gaza

Críticas ocorrem após António Guterres subir tom e condenar “castigo coletivo” imposto por Tel Aviv

Por Da Redação
14 nov 2023, 17h24

Em Genebra, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, exigiu nesta terça-feira, 14, a demissão do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por suposta incapacidade de liderar a organização em meio ao conflito entre Israel e o movimento palestino radical Hamas. As críticas ocorrem após o chefe da ONU subir o tom e condenar o “castigo coletivo” imposto por Tel Aviv a Gaza e indicar que o local se tornou um “cemitério de crianças” frente aos bombardeios.

“Guterres não merece ser o chefe das Nações Unidas”, declarou. “Eu acho que Guterres, como todas as nações livres, deveria dizer clara e alto: libertem Gaza do Hamas. Todos disseram que o Hamas é pior que o ISIS. Por que ele não pode dizer isso?”.

Na semana passada, Guterres afirmou que o número de civis mortos no conflito aponta para um erro na atuação das Forças de Defesa Israelenses (IDF). A fala foi endossada pelo alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, que afirmou que tanto o Hamas como Israel cometeram crimes de guerra desde que entraram em conflito no mês passado.

“Há violações por parte do Hamas quando eles têm escudos humanos. Mas quando olhamos para o número de civis que foram mortos nas operações militares, há algo que está claramente errado”, disse Guterres à agência de notícias Reuters.

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Pouco depois, na sexta-feira, o diretor da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, que mais de 100 funcionários da entidade foram mortos em investidas de Israel em Gaza.

“Devastado. Mais de 100 colegas da UNRWA foram mortos em um mês. Pais, professores, enfermeiros, médicos, pessoal de apoio. A UNRWA está de luto, os palestinos estão de luto, os israelenses estão de luto”, afirmou Lazzarini na plataforma X, antigo Twitter.

Além dos ataques ao mais alto funcionário da ONU, Cohen também instou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) encontre caminhos mais eficazes de acessar aqueles feitos reféns pelo Hamas – número estimado em 240 pessoas. Durante a reunião com a presidente da organização humanitária, Mirjana Spoljaric Egger, ele reforçou que a entidade deve usar todos os meios disponível para libertar.

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+ Equipe de hospital sitiado em Gaza cava valas comuns para enterrar mortos

“A Cruz Vermelha deve trabalhar através de todos os canais para visitar os reféns o mais rapidamente possível, incluindo crianças, mulheres e idosos, mantidos em cativeiro pela organização terrorista Hamas”, disse.

O ministro afirmou, ainda, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem fracassado no controle dos hospitais situados na Faixa de Gaza. Após um encontro com o líder da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, Cohen alegou que os centros de saúde estão sendo utilizados pelo Hamas como forma de “cobertura para as suas atividades terroristas”.

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+ Israel diz ter capturado edifícios do governo do Hamas na Cidade de Gaza

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