Israel realizou novos ataques aéreos na Faixa de Gaza no início da madrugada de quarta-feira, 16 (data local). A ofensiva aérea é uma resposta ao lançamento, na terça-feira, de dezenas de balões incendiários por apoiadores do Hamas, que governa o enclave, em protesto contra um ato nacionalista israelense em Jerusalém.
Fontes do grupo terrorista disseram que aeronaves de reconhecimento não tripuladas das Forças de Defesa israelenses sobrevoaram o enclave por volta da meia-noite, e então várias explosões foram ouvidas no sul e no centro da Faixa de Gaza. Os ataques com mísseis, como confirmado pelo Hamas e por testemunhas oculares, visaram instalações militares pertencentes às Brigadas al Qassam, a ala armada do movimento islâmico. Nenhuma baixa foi registrada até o momento.
“No último dia, balões incendiários foram lançados na Faixa de Gaza em direção ao território israelense. Em resposta, aviões de combate das Forças de Defesa atingiram recentemente recintos militares da organização terrorista Hamas, que foram utilizados como instalações e locais de reunião de agentes terroristas”, informou o Exército israelense em um comunicado.
No texto, o Exército culpou o Hamas por “todos os eventos que ocorreram” no enclave, e disse estar preparado para “qualquer cenário, incluindo a retomada das hostilidades diante da continuação das atividades terroristas na Faixa”.
Os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza foram os primeiros desde 21 de maio, quando uma trégua “mútua, simultânea e incondicional” entrou em vigor, pondo fim a uma escalada de 11 dias que deixou 255 mortos no enclave e 13 em Israel.
Segundo as autoridades israelenses, o lançamento de balões incendiários durante a terça-feira causou mais de 25 incêndios no sul de Israel, mas não deixou pessoas feridas ou grandes danos materiais.
Organizações da resistência palestina responderam à celebração da controversa marcha na terça-feira à tarde pelas ruas de Jerusalém Oriental, que para os nacionalistas comemora a reunificação da cidade em 1967 sob a soberania israelense, enquanto para os palestinos marca o início da ocupação em Jerusalém Oriental, onde parte do desfile passou.
O “Desfile das Bandeiras” é normalmente realizado a cada 10 de maio, Dia de Jerusalém, mas neste ano teve que ser adiado quando os alarmes de ataque aéreo soaram em Jerusalém Oriental naquela data, porque o Hamas começou a disparar mísseis contra Israel, aumentando a escalada de tensão entre as partes.
(Com EFE)