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Israel, EUA e Egito formam comitê para viabilizar ajuda humanitária a Gaza

Na véspera, o presidente americano, Joe Biden, informou que 20 caminhões devem entrar em Gaza a partir desta sexta-feira, 20

Por Da Redação
19 out 2023, 15h49
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  • Israel, Estados Unidos e Egito formaram nesta quinta-feira, 19, um comitê trilateral para monitorar e auxiliar o envio de ajuda humanitária pela passagem de Rafah, trecho que liga o Egito à Faixa de Gaza, informou um funcionário das Nações Unidas ao jornal israelense The Times of Israel.

    Na véspera, o presidente americano, Joe Biden, informou que 20 caminhões estão programados para entrar em Gaza a partir desta sexta-feira, 20, após ter fechado um acordo com as outras duas nações para permitir o envio de suprimentos ao local.

    É a primeira vez que os habitantes da Faixa recebem auxílio internacional desde o início do conflito Israel-Hamas, em 7 de outubro. Após Tel Aviv ordenar “cerco total” a Gaza, dois dias depois da declaração de guerra pelo premiê israelense, Benjamin Netanyahu, foram anunciados cortes de energia, de água e de combustíveis.

    Como consequência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, ainda nesta segunda-feira, que Gaza tinha apenas 24 horas restantes de provisão de água potável para a população, escalando o problema humanitário na região.

    O bloqueio na passagem de Rafah, a única entrada e saída da Faixa não controlada por Israel, impossibilitava o despacho de primeiros socorros para o pequeno e lotado trecho – antes da guerra, mais de 2 milhões de pessoas vivam no local.

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    + Egito concordou em abrir passagem de Rafah para Gaza, diz Biden

    Segundo Biden, as estradas próximas à passagem precisarão ser consertadas, em razão aos constantes bombardeios aéreos israelenses, para que os caminhões consigam passar. O democrata informou, ainda, que a reparação seria realizada nesta quinta-feira, em um trabalho que duraria oito horas, para a entrega dos suprimentos.

    O líder americano acrescentou que a abertura seria restrita à ajuda humanitária, barrando evacuações de civis. Até o anúncio de Biden, o presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, se mostrou relutante com a possibilidade do aumento do fluxo de refugiados palestinos em direção ao país no momento em que a passagem fosse autorizada. Ele, contudo, foi pressionado por diferentes governos, como do Brasil, para a abertura de um corredor humanitário frente à guerra, que já contabiliza mais de 4.200 vítimas.

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    + Egito convida Brasil para cúpula sobre guerra Israel-Hamas

    Um levantamento da OMS calcula que a guerra levou ao deslocamento de mais de um 1 milhão de pessoas da Faixa de Gaza, além da destruição de 111 instalações médicas e de 60 ambulâncias.

    A estimativa foi divulgada antes da explosão do Hospital Batista Al-Ahli, no centro de Gaza, ocorrida nesta terça-feira, 17. O Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, registrou ao menos 500 mortes no local e acusa Israel pelo bombardeio. Tel Aviv, por sua vez, nega o incidente e culpa a Jihad Islâmica, aliado do Hamas, de ser o grande responsável pelo ataque – declaração apoiada pela inteligência dos EUA, que diz ter provas de que a explosão não é obra dos militares de Netanyahu.

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