As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram na noite desta sexta-feira, 25 (madrugada de sábado no horário local), que concluiu a retaliação planejada contra o Irã após três ondas de ataques ao país.
Segundo o exército israelense, os ataques aéreos foram “precisos e direcionados” contra alvos militares no Irã. “A missão foi cumprida”, disseram as FDI em um comunicado. “Nossos aviões retornaram para casa em segurança.”
A Força Aérea Israelense atingiu “instalações de fabricação de mísseis” que teriam sido usadas para produzir os mísseis que o Irã disparou contra Israel ao longo do último ano.
Em comunicado divulgado nas redes sociais logo no início da ofensiva, as FDI afirmaram que os ataques eram uma resposta a “meses de ataques contínuos do regime no Irã contra o Estado de Israel”. Várias explosões foram ouvidas a oeste de Teerã, a capital iraniana, segundo a imprensa local.
“O regime no Irã e seus representantes na região têm atacado Israel implacavelmente desde 7 de outubro — em sete frentes — incluindo ataques diretos de solo iraniano”, dizia a nota das FDI. “Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder.”
Uma retaliação de Israel ao Irã era esperada desde o começo do mês, quando Teerã lançou um ataque com mais de 180 projéteis contra o país após as mortes dos líderes do Hezbollah e do Hamas. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou na ocasião que o Irã havia cometido um “grande erro” e que “pagaria por isso”.
O Irã é apontado como o principal financiador da milícia libanesa Hezbollah e tinha prometido retaliação após ataques que mataram Hassan Nasrallah, assim como outras autoridades do alto escalão do grupo. Nos últimos meses, Israel intensificou a ofensiva contra alvos do Hezbollah no Líbano e do Hamas na Faixa de Gaza. Na semana passada, Tel Aviv confirmou que matou Yahya Sinwar, um dos principais arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel.
Estados Unidos
Segundo a Fox News, a Casa Branca foi alertada sobre o ataque pouco antes dos bombardeios começarem. Em uma nota, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Sean Savett, afirmou os Estados Unidos não têm envolvimento no ataque e que a ofensiva de Israel é um “exercício de autodefesa e em resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã contra Israel em 1º de outubro”.