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Iraque anuncia final da guerra contra Estado Islâmico no país

Três anos e meio de conflito deixaram seis milhões de deslocados; segundo a ONU, 11 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária

Por EFE Atualizado em 9 dez 2017, 17h23 - Publicado em 9 dez 2017, 16h32
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  • O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, anunciou neste sábado que o exército do Iraque deu por finalizada a guerra que fez o país sangrar durante três anos e meio, ao confirmar a retomada do controle dos últimos redutos que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) mantinha no país. Os jihadistas controlavam as províncias de Ninawa e Al Anbar, na fronteira com a Síria.

    Em pronunciamento, o primeiro-ministro afirmou que “a vitória foi conquistada graças à unidade de todos os iraquianos na luta contra um inimigo que não pensava que veríamos neste dia”.

    “As forças iraquianas libertaram todo o território iraquiano dos terroristas e controla todas as fronteiras e suas passagens. Os últimos terroristas no Iraque foram eliminados hoje”, assegurou o Ministério de Defesa em um comunicado.

    A coalizão internacional contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, felicitou em um comunicado a vitória e destacou que continuarão lhe prestando apoio “enquanto estabelecem as condições para um futuro seguro e próspero”.

    “Destacamos a histórica vitória de hoje conscientes do trabalho que ainda é preciso fazer”, disse o enviado especial dos Estados Unidos para a coalizão internacional, Brett McGurk, em sua conta no Twitter.

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    Histórico

    Embora no último dia 10 de julho, com a libertação total de Mossul, a principal cidade ocupada pelos jihadistas, as autoridades tenham decretado a derrota do Estado Islâmico, a luta continuou até o anúncio de hoje.

    Após a inflamada batalha de Mossul, que começou em 17 de outubro de 2016, os demais territórios que o EI controlava no país foram caindo pouco a pouco.

    Em agosto foi a vez de Tel Afar, no oeste da província de Ninawa, da qual Mossul é capital. Depois de Tel Afar, uma das fortificações insurgentes e situada perto da Síria, se seguiu em outubro a comarca de Al Hauiya, na província de Kirkuk.

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    Em 5 de outubro, as forças iraquianas centraram seus esforços no deserto fronteiriço com a Síria, onde na outra parte da fronteira os jihadistas estavam sendo acossados pelas forças leais ao presidente Bashar al Assad e por milícias curdas.

    Nesta última operação das forças iraquianas foi recuperado o controle de 183 quilômetros de fronteira, desde o município de Al Romena, reconquistado em 11 de novembro, até a cidade de Tel Safuk, perto da fronteira com a Síria, e recuperada em 8 de junho.

    Estes três anos e meio de conflito deixaram seis milhões de deslocados, três milhões e meio dos quais buscaram refúgio em acampamentos. Os demais encontraram alojamento em casas alugadas, de familiares ou conhecidos.

    Segundo os últimos dados de setembro do Escritório da ONU para os Refugiados (OCHA), ainda restam 3.200.000 deslocados internos e 11 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária, apesar de que, em muitas áreas, a população começou a retornar aos seus lares.

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