O governo do Irã parabenizou o do Iraque pela libertação da cidade de Mosul do controle do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e expressou sua disposição a ajudá-lo na reconstrução. O regime iraniano, em declarações difundidas pela agência de notícias Isna, afirmou que além de dar um apoio completo ao governo e ao povo do Iraque, está preparado para ajudar os deslocados e as vítimas da guerra.
O país também ofereceu apoio para a reconstrução das cidades e as infra-estruturas vitais que a região volte à normalidade. Desde que o exército americano se retirou do Iraque, o país persa vem exercendo cada vez mais influência no país vizinho.
Também o ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Mohamad Yavad Zarif, parabenizou o Governo e o povo do Iraque pela derrota do EI em Mossul, ocupada pelos jihadistas desde 2014. “Quando os iraquianos estiverem unidos não haverá limites para o que pode acontecer”, acrescentou.
Destruição da história
A partir de julho de 2014, o EI atacou mausoléus xiitas e santuários, que eram ricamente decorados. O grupo explodiu a mesquita onde ficava a tumba do profeta Jonas (Nabi Yunés). Em 19 de junho de 2017, destruiu a emblemática mesquita Al Nuri, onde Baghdadi tinha sido filmado, e seu minarete inclinado do século XII.
No museu de Mosul, o mais importante do Iraque depois do de Bagdá, os radicais queimaram livros e manuscritos antigos, destruíram tesouros pré-islâmicos, como os famosos touros alados assírios com rosto humano, datados de vários séculos antes do cristianismo.
Passado tumultuoso
Situada em frente às ruinas da antiga Nínive, na Alta Mesopotâmia, Mosul foi conquistada pelos árabes em 641. A cidade se tornou o principal polo comercial da região por sua localização, no cruzamento das rotas entre Síria e Pérsia, e alcançou seu apogeu no século XII.
Conquistada e saqueada pelos mongóis (1262), passa, depois, à dominação persa e, mais tarde, otomana. Em 1918, a Grã-Bretanha anexa essa região petrolífera ao um Iraque sob domínio britânico, enquanto a França queria uni-la à Síria, controlada pelos franceses. A Turquia protesta, mas a Liga das Nações confirma a anexação em 1925.
(Com agências internacionais)