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Irã expressa ‘vitória’ sobre EUA após ONU rejeitar retorno de sanções

Após decisão do Conselho de Segurança, presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou que 'grandeza dos EUA caiu', assim como 'hegemonia mundial'

Por Da Redação
Atualizado em 23 set 2020, 13h41 - Publicado em 23 set 2020, 12h12
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  • Citando um “grande sucesso político”, o governo iraniano expressou nesta quarta-feira, 23, um sentimento de vitória após o Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitar a tentativa dos Estados Unidos de reimpor sanções suspensas sob o acordo nuclear de 2015.

    “A nação iraniana teve um grande sucesso político, jurídico e diplomático nas Nações Unidas. A razão desta vitória reside unicamente na adesão e resistência do povo”, declarou o presidente iraniano, Hassan Rouhani, no conselho de ministros. “A grandeza dos Estados Unidos caiu, assim como a hegemonia mundial que pensava dispor”, completou o mandatário em um discurso televisionado.

    Desde que os Estados Unidos abandonaram de forma unilateral o acordo nuclear, Washington tenta estrangular a economia iraniana com embargos unilaterais com o objetivo de pressionar Teerã a negociar um novo texto. Apesar de terem obtido algum sucesso com as restrições econômicas, falta aos Estados Unidos o apoio da comunidade internacional em sua política de pressão máxima contra os iranianos.

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    As sanções entraram em vigor na segunda-feira 21, após serem anunciadas no final de semana. O embargo, decretado pelo presidente americano, Donald Trump, atinge entidades ou pessoas que pelo menos “tentem se envolver em qualquer atividade com risco de contribuir para a proliferação de armas para uso militar pelo governo do Irã ou organizações paramilitares apoiadas pelo Irã”, como o grupo libanês Hezbollah.

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    Em agosto, após outra votação no Conselho de Segurança ter negado uma ampliação dos embargos, Trump já havia enviado o secretário de Estado, Mike Pompeo, à sede da ONU para avisar que iriam restaurar de forma unilateral as sanções do Conselho. No entanto, Reino Unido, França e Alemanha alegaram que  Washington não tinha legitimidade para tal, uma vez que a reativação do mecanismo está sujeita ao acordo nuclear.

    No primeiro dia da Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira 22, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que seu país e aliados europeus não cederão em sua recusa a apoiar o restabelecimento das sanções da ONU contra o Irã.

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    “Seria um atentado contra a unidade do Conselho de Segurança, contra a integridade de suas decisões e significaria o risco de agravar ainda mais as tensões na região”, disse o presidente francês, que lembrou que o bloco europeu ainda busca fazer com que o Irã cumpra com a sua parte do acordo, uma vez que Teerã voltou a enriquecer urânio sob a justificativa de que Washington, ao sair do acordo e reimpor sanções, viola salvaguardas do texto, o que daria aos iranianos a legitimidade para o país voltar com a atividade nuclear.

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