Previsto para ser lançado oficialmente na próxima sexta-feira 23, o iPhone 12 mudou a rotina de Zhengzhou, na China, de forma abrupta. Conhecida na Ásia como “iPhone City”, a metrópole de 10 milhões de habitantes abriga a maior fábrica da Foxconn, companhia responsável por produzir o smartphone da Apple.
Os 120.000 funcionários têm trabalhado 24 horas por dia para dar conta da demanda e, mesmo assim, são necessárias novas contratações. Para atrair mão de obra, a Foxconn vem triplicando salários com bônus, uma estratégia que visa atrair sobretudo jovens de cidades vizinhas. Em 2013, a companhia ficou sob pressão após relatos de funcionários terem se suicidado dentro do complexo.
Deu certo. Ao menos 2.000 currículos chegam ali diariamente. Terminais de ônibus, estações de metrô e o aeroporto estão apinhados de pessoas, na maioria jovens. Imagens publicadas pelo South China Morning mostram longas filas na porta da fábrica. Cada empregado recebe, em média, 4,50 dólares (R$ 25,00) por hora trabalhada. E caso enfrentem 55 dias de jornada sem folgas, recebem um bônus extra de 1.400 dólares (R$ 7.800).
Só em 2020, calcula-se que devam ser produzidos 75 milhões de unidades do novo aparelho, que deveria ter sido lançado em setembro. Com a pandemia, porém, a Apple decidiu postergar seu lançamento. O novo modelo chegará com a tecnologia 5G e deve custar 699 dólares em sua versão mais básica nos Estados Unidos. No Brasil, o valor a ser pago ainda não foi divulgado, mas lojistas já especulam que o novo celular poderá custar até 7.000 reais.