Com 13 mortes confirmadas até agora provocadas por incêndios florestais, o governo do Chile declarou estado de catástrofe no país. A situação fez com que o presidente Gabriel Boric interrompesse as férias de verão e viajasse para as regiões de Nuble e Bío-Bío, na área centro-sul do país, onde se concentra a maior parte dos focos. De acordo com as informações das autoridades locais, dos 204 incêndios ativos, 56 deles estão fora de controle.
A situação é tão grave que a ministra do Interior, Carolina Toha, afirmou esperar ajuda de empresas e governos vizinhos, como do Brasil e da Argentina. Já se sabe até agora que o fogo devastou mais de 47 000 hectares de terra e deixou 97 casas totalmente destruídas, além de 22 feridos.
Na manhã de hoje, o presidente Boric se reuniu com sua equipe no Palácio La Moneda para montar estratégias de combate ao desastre ambiental, que teria começado em áreas de cultivo e bosques, mas no momento avança rápido e ameaça afetar áreas povoadas. “Meu papel como presidente é garantir que todos os recursos estejam disponíveis para a emergência e para que as pessoas sintam que não estarão sozinhas”, disse o presidente. Durante seu comunicado, o líder chileno ainda levantou a suspeita de que os incêndios possam ter sido iniciados intencionalmente.
Das 13 mortes contabilizadas até agora, 11 delas (incluindo um bombeiro), ocorreram na cidade de Santa Juana, em Bío-Bío, região que fica a cerca de 500 quilômetros da capital Santiago. Muitas famílias no epicentro da tragédia já buscam refúgio em abrigos, de acordo com agências de notícias locais. As labaredas e a fumaça também interrompem o tráfego em algumas rodovias.
A corrida contra o tempo é para que não se repita a tragédia que atingiu essa mesma região, no início de 2017. Na ocasião, um incêndio florestal de grandes proporções causou a morte de 11 pessoas e deixou mais de 1 500 residências destruídas.