Um homem abriu fogo nesta terça-feira, 10, em um hospital de Ostrava, leste da República Checa, e matou seis pessoas, antes de fugir e cometer suicídio.
Este é o pior ataque no país desde 2015, quando outro homem armado disparou contra oito pessoas e se matou em seguida em um restaurante de Uhersky Brod, na região sudeste. Ainda não se sabe o que motivou o atentado desta terça.
A polícia disse que recebeu ligações no início da manhã sobre um tiroteio no Hospital Universitário de Ostrava, 350 quilômetros a leste da capital Praga, e próximo à fronteira com a Polônia. Autoridades chegaram ao local cinco minutos depois.
O tiroteio aconteceu em uma sala da unidade traumatologia do hospital, de acordo com o site do jornal DNES. “Quatro pessoas morreram na hora e duas ficaram gravemente feridas, mas infelizmente também faleceram”, afirmou o primeiro-ministro Andrej Babis.
“Falaram que as vítimas eram pessoas que esperavam no serviço de traumatologia, felizmente não havia tantas pessoas como é habitual”, completou. Outras três pessoas ficaram feridas no ataque.
Após o ataque, o atirador fugiu em veículo cor de prata, mas logo foi encontrado pelas autoridades. “Encontramos o agressor. O homem de 42 anos deu um tiro na cabeça antes que a polícia conseguisse entrar em ação. Ele morreu”, afirmou a polícia.
Babis chamou o ocorrido de “imensa tragédia”. “É algo a que não estamos acostumados em nosso país”, completou.
“O agressor atirou à queima-roupa, apontando para a cabeça e o pescoço”, disse o primeiro-ministro. “É uma catástrofe, não compreendo em absoluto o motivo de tal agressão”.
O presidente Milos Zeman enviou uma mensagem de condolências às famílias das vítimas. “Estou com vocês de todo coração, penso em vocês neste momento trágico”, escreveu.
A polícia informou que recebeu uma ligação com um alerta sobre o tiroteio às 7h19 (3h19 de Brasília). Uma universidade técnica que fica ao lado do hospital interrompeu as aulas e foi fechada por medida de precaução.
Uma foto do suspeito foi divulgada nas redes sociais durante a operação de busca. Uma célula de crise foi estabelecida em Ostrava, cidade que fica a 300 km ao leste de Praga, para comandar a ação.
Este tipo de tiroteio é raro na República Checa, país de 10,7 milhões de habitantes, membro da União Europeia (UE). No mês de março, um paciente de um hospital de Praga atirou contra outros dois pacientes, após uma discussão em um quarto. Um dos homens faleceu no incidente.
Em fevereiro de 2015, um cliente de um restaurante na cidade de Uhersky Brod abriu fogo e matou oito pessoas antes de cometer suicídio.
(Com Reuters e AFP)