O Comitê Nacional do Partido Democrata alertou o FBI na terça-feira 21 sobre uma tentativa feita por hackers de invadir seu banco de dados eleitorais. Os esforços falharam, e a identidade dos responsáveis ainda não foi descoberta.
A tentativa de invasão acontece quase dois anos após um grande ataque hacker, comandado por espiões russos, ter ocorrido contra o partido durante a campanha eleitoral de 2016. Na ocasião, o ciberataque comprometeu os computadores de uma série de funcionários do Comitê, além de revelar centenas de e-mails privados.
“Essa tentativa prova que ainda existem ameaças constantes enquanto nos aproximamos das eleições de meio de mandato e que devemos permanecer vigilantes para prevenir ataques futuros”, afirmou à emissora CNN o chefe de segurança do comitê democrata, Bob Lord, em referência às eleições legislativas de novembro.
O Comitê foi alertado sobre a tentativa de invasão na terça-feira 21 pela empresa de segurança Lookout, sediada em São Francisco, e pelo provedor de seus serviços de armazenamento em nuvem, Digital Ocean.
A companhias descobriram que uma página de login falsa do Comitê foi criada para induzir funcionários a revelar seus nomes de usuário e senhas, afirmou uma autoridade democrata ao Washington Post.
A página foi projetada para imitar um portal que as autoridades e campanhas do Partido Democrata usam para acessar uma plataforma chamada Votebuilder, que abriga o arquivo de eleitores do partido.
“Nós frustramos completamente o ataque”, disse a vice-diretora de comunicações do Comitê, Adrienne Watson, ao Post. “Não havia como o arquivo de eleitores ser acessado.”
Todos os membros do Partido Democrata foram informados sobre a tentativa de ataque hacker nesta quarta-feira 22. Alguns democratas responderam imediatamente, criticando o Partido Republicano por ter votado contra um projeto de lei que pretendia aumentar a segurança eletrônica eleitoral que foi discutido na Câmara dos Representantes no mês passado.
“Nossa comunidade de inteligência nos alertou sobre isso e agora está acontecendo. Isto não é fake news – é um ataque real à nossa democracia. Precisamos agir”, afirmou a deputada Carolyn Maloney em sua página no Twitter.