Hackers roubaram os dados pessoais de pelo menos 1,5 milhão de habitantes em Singapura, mais de um quarto da população do país, informaram hoje (20) autoridades locais. Entre as informações coletadas estão relatórios sobre medicações utilizadas por mais de 160.000 pacientes dos serviços de saúde.
Além de cidadãos comuns, o ciberataque atingiu o primeiro-ministro do país, Lee Hsien Loong, e outras autoridades. Os hackers conseguiram acessar a base de dados das instituições nacionais de saúde em uma ação “deliberada, dirigida e bem planejada”, indicou o governo. O trabalho não foi realizado por criminosos comuns.
“O ataque foi voltado para [saber] a medicação que eu tomo (…) Não sei o que os hackers esperavam conseguir. Talvez buscassem segredos obscuros de Estado ou algo para me prejudicar”, afirmou o primeiro-ministro em seu perfil do Facebook.
Os criminosos cibernéticos obtiveram acesso aos registros dos computadores de quatro hospitais, cinco clínicas especializadas e outros nove centros de saúde, informaram os oficiais durante entrevista da qual participaram vários ministros.
O governo afirmou que os dados de pelo menos 1,5 milhão de pacientes que visitaram as instalações de saúde entre maio de 2015 e julho de 2018 foram comprometidos. Entre as informações vazadas estão nomes, endereços, dados de gênero e datas de nascimento, entre outros.
As autoridades locais assinalaram, porém, que não há vazamento de diagnósticos, resultados de exames e observações dos médicos. O ministro da Saúde, Gan Kim Yong, pediu desculpas pelo ocorrido e as autoridades abriram uma investigação para esclarecer os motivos e os responsáveis pelo ataque cibernético.
(Com EFE)