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Guerra na Ucrânia é ‘tarefa para sobrevivência do Estado russo’, diz Putin

Fala expande argumentos anteriores do presidente russo sobre o Ocidente estar empenhado em isolar Moscou

Por Da Redação
14 mar 2023, 16h59
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  • Russian President Vladimir Putin gives a speech during an event to mark the 1160th anniversary of Russia's statehood in Veliky Novgorod on September 21, 2022. (Photo by Ilya PITALEV / SPUTNIK / AFP)
    O presidente russo Vladimir Putin // (Ilya Pitalev/Sputnik/AFP)

    O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira 14, enquanto discursava para os trabalhadores de uma fábrica de aviação nos arredores de Moscou, que, atualmente, o que está em jogo na guerra na Ucrânia é a própria existência da Rússia como Estado. A fala expande os argumentos anteriores de Putin sobre o Ocidente estar empenhado em isolar a Rússia.

    “Para nós, esta não é uma tarefa geopolítica, mas uma tarefa para sobrevivência do estado russo, criando condições para o futuro desenvolvimento do país e de nossos filhos”, reiterou.

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    Em seu discurso, Putin acusou o Ocidente de usar a Ucrânia como uma ferramenta para travar uma guerra contra a Rússia e assim infligir uma “derrota estratégica”. No entanto, os Estados Unidos e seus aliados argumentaram que apenas ajudam o país a se defender de uma invasão que ocorre há mais de um ano e já destruiu cidades, matou milhares de civis e forçou milhões a fugirem de casa.

    O presidente russo também foi questionado sobre estar preocupado com a economia depois das sanções impostas no ano passado que se mostraram mais fortes do que o esperado. Porém, Putin respondeu que as ondas de restrições não enfraqueceram a Rússia, mas sim mostraram que a nação era mais forte economicamente do que se esperava. 

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    “Aumentamos muitas vezes nossa soberania econômica. Afinal, com o que nosso inimigo contava? Que entraríamos em colapso em 2-3 semanas ou em um mês”, afirmou. 

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    De acordo com ele, o inimigo esperava que as fábricas parassem e que o sistema financeiro entrasse em colapso, aumentando o desemprego e fomentando manifestantes a tomarem as ruas. Para Putin, o Ocidente tinha a expectativa que a Rússia “oscilaria por dentro e entraria em colapso”.

    “Isso não aconteceu”, acrescentou Putin. “Acontece que, para muitos de nós, e ainda mais para os países ocidentais, os alicerces fundamentais da estabilidade da Rússia são muito mais fortes do que se pensava”, explicou.

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    Assim que os embargos foram estabelecidos, bancos russos, experientes em decorrência das restrições impostas com a anexação da Crimeia em 2014, aumentaram a taxa de juros em uma tentativa de controlar a inflação. Ao final de 2022, a economia contraiu 2,1%, bem longe da previsão inicial de 12%.

    Na estimativa do banco central russo, a queda no PIB deve ser menor em 2023, de 1,5%. Se essa projeção se concretizar, o tombo seria de 3,6% no biênio, um número relevante, mas pequeno comparado a contrações registradas em outros países fora do contexto de guerra, como o Brasil, que chegou a cair mais de 6% entre 2015 e 2016.

    Um calcanhar de Aquiles expressivo para Putin, no entanto, é o setor automobilístico. As montadoras Renault, Volkswagen e Mercedes-Benz interromperam as fabricações na Rússia e, como consequência, as vendas despencaram 63%. Com a diminuição da oferta, os preços de carros estrangeiros aumentaram consideravelmente. De acordo com informações da Escola de Economia de Kiev, 1.169 empresas ainda planejam deixar o país.

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