Mais de 2 milhões de crianças foram obrigadas a abandonar a escola durante os dois últimos anos no Sudão do Sul devido ao conflito no país, denunciou nesta quarta-feira (4) a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
“Por causa do conflito (…) pelo menos 2,2 milhões de crianças em todo o Sudão do Sul não estão frequentando a escola, um número que deve aumentar se nada for feito”, disse o representante da Unesco em Yuba, Saldar Umar Alam, à imprensa.
Umar Alam advertiu que “o número de crianças fora da escola no país aumentou nos últimos anos, e espera-se que supere 2,4 milhões nos próximos dois anos se a situação atual não mudar”.
A guerra no país africano explodiu no fim de 2013, dois anos depois de a nação ter obtido sua independência do Sudão. A violência só ficou interrompida por cerca de um ano, entre meados de 2015 e 2016. O acordo de paz acabou fracassando.
Atualmente, o governo do presidente de Salva Kiir e a oposição armada estão em negociações na capital do Sudão, Cartum, em uma tentativa de reviver o acordo de paz e deter a violência de forma definitiva.
O conflito causou milhares de mortes e levou o país à beira da fome, com 6 milhões de pessoas sem acesso a alimentos suficientes e 4 milhões de deslocados.
(Com EFE)