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Governo dos EUA quer prender mais de 2.000 imigrantes na próxima semana

Operação para deportar famílias ilegais deve acontecer em pelo menos 10 cidades americanas a partir de domingo

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h42 - Publicado em 11 jul 2019, 12h26
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  • O serviço de imigração dos Estados Unidos vai começar a prender, no próximo domingo, 14, milhares de imigrantes ilegais no país que tenham ordens de deportação, segundo o jornal The New York Times.

    As operações contra imigração ilegal estavam previstas para começar na última semana de junho, mas, depois do anúncio do presidente Donald Trump sobre o início das batidas, o serviço de imigração passou a temer que a segurança dos agentes fosse comprometida e adiou as deportações.

    Desta vez, a operação deve acontecer em pelo menos 10 cidades americanas e tem como alvo 2.000 imigrantes ilegais que tiveram ordens de deportação emitidas, mas não deixaram o país.

    Segundo oficiais envolvidos, que falaram sob condição de anonimato ao New York Times, os policiais também podem prender outros estrangeiros que não tiveram documentação adequada e que foram encontrados por acaso durante as buscas.

    As operações serão conduzidas pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês). O objetivo das autoridades americanas é deportar os imigrantes presos o mais rápido possível.

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    Segundo o Times, famílias detidas juntas serão mantidas preferencialmente em centros de detenção familiar no Texas e na Pensilvânia até a deportação. Mas, devido a limitações de espaço, alguns podem acabar ficando alojados em quartos de hotel até que seus documentos de viagem sejam preparados.

    Os agentes do ICE se preocupam com o sucesso da operação, já que os rumores sobre as batidas já se espalharam entre as comunidades de estrangeiros nos Estados Unidos e os imigrantes já sabem como evitar sua prisão: recusando-se a abrir a porta quando um agente chega em sua casa.

    As autoridades imigratórias americanas não podem entrar à força na casa das pessoas, segundo a lei do país.

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    A política migratória do governo Trump é criticada desde que o republicano assumiu o posto de presidente em 2017. Recentemente, novas denúncias sobre as péssimas condições em que os imigrantes são mantidos nos centros de detenção no Texas abalaram o governo do magnata.

    Um relatório do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) demonstrou preocupação com a superlotação e a permanência prolongada das famílias nos locais.

    Segundo o documento, crianças com menos de sete anos não acompanhadas permanecem por mais de duas semanas esperando sua transferência, quando deveriam ser entregues a parentes ou agências governamentais especializadas no prazo de 72 horas.

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    Entre as condições que violam os padrões do DHS os inspetores assinalaram a falta de lavanderias, chuveiros, comidas quentes e a possibilidade de mudança de roupa. Algumas fotos no relatório revelam celas abarrotadas e habitações divididas por telas de arame.

    Em junho, funcionários da Agência de Proteção Alfandegária e Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) prenderam 94.897 imigrantes na fronteira dos Estados Unidos com o México. Foi uma queda de 28,6% na comparação com o mês de maio, quando foram detidas cerca de 133.000 pessoas.

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