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Governo do Afeganistão anuncia cessar-fogo temporário com talibãs

O presidente Ashraf Ghani, que já chegou a propor um acordo de paz ao grupo, afirmou que a trégua é uma oportunidade de reflexão

Por Da Redação
7 jun 2018, 09h45
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  • O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, durante conferência no Palácio Presidencial de Cabul - 28/02/2018
    O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, durante conferência no Palácio Presidencial de Cabul - 28/02/2018 (Shah Marai/AFP)

    O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, anunciou nesta quinta-feira (7) um cessar-fogo temporário ofertado aos talibãs, depois que na última segunda (4), cerca de 2.000 líderes religiosos afegãos pediram ao grupo insurgente que abandonasse a guerra “ilegítima” e aceitasse a oferta de paz do governo.

    O cessar-fogo, no entanto, só se aplica aos talibãs. “As forças de defesa e segurança afegãs só param as operações ofensivas contra os talibãs armados e continuarão atacando o Estado Islâmico e outras organizações terroristas com apoio estrangeiro e seus cúmplices”, afirmou Ghani, em mensagem pelo Twitter, após um discurso televisionado.

    O presidente afirmou que o cessar-fogo começará na próxima terça-feira (12) e será encerrado no quinto dia do Eid al-Fitr, festividade muçulmana que marca o fim do mês sagrado do Ramadã, que será realizada no dia 19 ou 20, dependendo da posição da lua.

    “Este cessar-fogo é uma oportunidade para que os talibãs reflitam sobre sua violenta campanha, que não está conquistando os corações e mentes dos afegãos, mas está alienando-os de sua causa”, disse Ghani.

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    O presidente apresentou a trégua unilateral como a “personificação” do desejo dos afegãos de encontrar uma resolução pacífica para o conflito armado no país.

    Em fevereiro, o presidente apresentou uma ambiciosa oferta de paz ao grupo, que incluía seu reconhecimento como partido político ou a libertação de presos. Este novo anúncio de Ghani chega após um decreto religioso ou fátua em que clérigos islâmicos pediam aos talibãs que encerrassem o conflito.

    No decreto, classificado hoje como “histórico” por Ghani, cerca de 2.000 líderes religiosos asseguram que a guerra no Afeganistão é “ilegítima e não tem nenhum tipo de justificativa religiosa”.

    O talibã ainda não respondeu à proposta de Ghani.

    O ex-general do exército afegão Atiqullah Amarkhel disse que o cessar-fogo daria ao talibã a chance de se reagrupar. “De uma perspectiva militar, não é uma boa jogada”, afirmou à Reuters.

    Ele também disse duvidar que o grupo deponha as armas e negue a si mesmo a oportunidade de lutar durante o mês sagrado do Ramadã, no qual os ataques se intensificam.

    O Afeganistão permanece em uma situação estagnada de conflito após o final da missão militar da Otan no país, que inicialmente facilitou um avanço militar dos talibãs. O Estado controla cerca de 56% do território, enquanto os talibãs controlam em torno de 11% segundo fontes americanas.

    (Com EFE e Reuters)

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