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Giorgia Meloni faz pedido formal para iniciar mandato na Itália

A líder de extrema-direita encontrou-se com o presidente italiano, Sérgio Mattarella, após vencer a eleição geral no país

Por Da Redação
Atualizado em 21 out 2022, 13h15 - Publicado em 21 out 2022, 13h11
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  • Giorgia Meloni, líder de extrema direita da Itália, disse nesta sexta-feira, 21, que ela e seus aliados pediram ao presidente do país, Sérgio Mattarella, que sinal verde para formar seu governo. Ela será a primeira premiê de extrema direita da Itália desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

    Meloni e seus aliados se reuniram por cerca de 10 minutos com o presidente Mattarella no palácio do Quirinal. Em coletiva de imprensa, ela afirmou que a coalizão havia indicado, por unanimidade, que ela merecia o mandato. Mais tarde, o palácio anunciou que Mattarella havia convocado Meloni de volta, sozinha, para se encontrar com o presidente no final da tarde desta sexta-feira.

    Na segunda reunião, o presidente pode decidir que Meloni montou um governo viável e convidar ela e seus ministros para tomar posse no dia seguinte. Por outro lado, pode lhe oferecer o mandato, com a condição de formar um governo diferente.

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    Se Meloni for bem-sucedida, ela será a primeira mulher a se tornar primeira-ministra italiana. Além disso, a posse vai coroar a rápida ascensão de seu partido, o Irmãos da Itália. Fundado em 2012, a legenda foi considerada por muito tempo um movimento de direita insignificante.

    “Estamos prontos e queremos avançar no menor tempo possível”, disse Meloni, ladeada por seus dois principais aliados de direita, Matteo Salvini, do Liga, e o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, do Força Itália. Ela citou problemas urgentes “em nível nacional e internacional”, referências ao aumento dos preços da energia por conta da guerra na Ucrânia.

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    Berlusconi e Salvini ficaram em silêncio. Ambos são admiradores de longa data do líder russo Vladimir Putin, enquanto Meloni apoia a Ucrânia contra a invasão russa. Essas diferenças podem tornar o governo da coalizão desafiador.

    Berlusconi, três vezes primeiro-ministro, não ficou contente com a vitória eleitoral do partido de Meloni. Os Irmãos da Itália ficou com 26% dos votos, enquanto o Força Itália e a Liga obtiveram pouco mais de 8% cada. (Em 2018, na eleição anterior para o Parlamento, o partido de Meloni levou pouco mais de 4% dos votos.)

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    Embora suas forças sejam as maiores do Parlamento, Meloni ainda precisa de seus dois aliados para comandar uma maioria sólida no Parlamento.

    Berlusconi, que se considera um líder raro no cenário mundial, recentemente chamou Meloni de “arrogante”, depois que ela se recusou a nomear um dos conselheiros mais próximos do magnata da mídia como ministro.

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    No início desta semana, em uma reunião com seus legisladores, ele expressou simpatia pela motivação de Putin para invadir a Ucrânia. Na conversa gravada e vazada para a agência de notícias italiana LaPresse, ele também se gabou de que Putin havia lhe enviado garrafas de vodka para seu aniversário de 86 anos, no mês passado, e deu aos russos garrafas de vinho enquanto os dois trocavam bilhetes carinhosos.

    No fim do processo para formar o novo governo, o atual premiê, Mário Draghi, permanece em Bruxelas, participando do último dia de uma cúpula do Conselho Europeu, onde líderes da União Europeia tentam encontrar maneiras de lidar com os preços mais altos da energia.

    Na quinta-feira 20, Mattarella recebeu líderes da oposição, que levantaram preocupações em relação a Meloni. Sua campanha usou o slogan de “Deus, pátria, família”, o que indica que ela pode remover os direitos ao aborto e reverter direitos a uniões civis do mesmo sexo.

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