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George Soros: Invasão à Ucrânia pode ser início da Terceira Guerra Mundial

Durante Fórum de Davos, bilionário alertou que regimes autoritários estão em ascensão, encabeçados pela Rússia e China, enquanto democracias declinam

Por Da Redação
Atualizado em 24 Maio 2022, 16h36 - Publicado em 24 Maio 2022, 16h28
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  • A invasão da Rússia à Ucrânia ameaça ser o “início da Terceira Guerra Mundial” e pode significar o fim da civilização, alertou o investidor e filantropo húngaro, George Soros, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

    Em um ataque feroz aos presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, Soros disse que regimes autocráticos estão em ascensão ao passo que a economia global caminha para uma grande depressão. O bilionário proferiu ainda duras críticas à ex-chanceler alemã, Angela Merkel, por se aproximar dos governos de Moscou e Pequim. 

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    Com o clima em Davos repleto de pessimismo devido à guerra na Ucrânia, Soros subiu o tom e disse que “a invasão pode ter sido o início da Terceira Guerra e a civilização humana pode não sobreviver a ela”.

    “A invasão da Ucrânia não surgiu do nada. O mundo está cada vez mais engajado em uma luta entre dois sistemas de governança que são opostos um ao outro: a sociedade livre e a sociedade cerceada”, disse ele. 

    Segundo ele, a maré começou a virar contra as sociedades abertas após os ataques de 11 de setembro de 2001, em que “regimes regressivos estão agora em ascensão enquanto sociedades abertas estão sob cerco”, sendo Rússia e China as maiores ameaças.

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    Sobre a crise desencadeada pelo conflito na Ucrânia, o filantropo disse que a Europa respondeu muito bem e que, embora leve tempo para que todos os detalhes sejam acertados, o continente reagiu com velocidade, unidade e vigor nunca vistos em toda a história. 

    “Mas a dependência da Europa dos combustíveis fósseis russos continua excessiva, devido em grande parte às políticas mercantilistas adotadas pela ex-chanceler Angela Merkel. Ela havia feito acordos especiais com a Rússia para o fornecimento de gás e fez da China o maior mercado de exportação da Alemanha”, completou. 

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    Isso, segundo ele, fez da Alemanha a economia com melhor desempenho na Europa, mas com um alto preço a pagar, uma vez que vai levar muito tempo para o país reorientar suas relações comerciais.

    No que diz respeito ao conflito na Ucrânia, Soros alegou que Putin finalizou o acordo de invasão com Xi durante o encontro nos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro, e reforçou que o líder chinês não é tão forte quanto parece. 

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    “Xi guarda um segredo culpado. Ele nunca disse ao seu povo que a sua vacina, projetada para a variante inicial de Wuhan, não oferece a proteção necessária contra outras variantes”, afirmou, completando que ele não “abriu o jogo” com objetivo de ser nomeado para o terceiro mandato consecutivo nas eleições deste ano. 

    “Os bloqueios da China para combater a Covid-19 levaram a economia à queda livre, mas ele não consegue admitir que cometeu um erro. Com a interrupção das cadeias de suprimentos, a inflação global pode se transformar em uma depressão global”, disse. 

    Por fim, Soros afirmou que as discussões sobre as mudanças climáticas devem continuar no radar durante a guerra. 

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    “Especialistas dizem que já ficamos muito para trás, e as mudanças climáticas estão prestes a se tornar irreversíveis. Isso pode ser o fim da nossa civilização. Portanto, devemos nos esforçar para acabar com essa guerra o mais rápido possível, e o melhor jeito de fazer isso é derrotar Putin o mais rápido possível”, concluiu.

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