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Furacão Dorian deixa rastro de destruição nas Bahamas

Fortes chuvas e ventos provocaram grandes inundações e deixaram ao menos 13.000 casas destruídas; um menino de 8 anos morreu

Por Da Redação
2 set 2019, 08h31
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  • O furacão Dorian deixa um “impacto catastrófico” sob as Bahamas nesta segunda-feira, 2, segundo organizações humanitárias. Ao menos 13.000 casas foram destruídas ou danificadas e as fortes chuvas e ventos provocaram grandes inundações. Até agora, há registro de uma morte.

    O furacão atingiu o norte do arquipélago neste domingo 1, com chuvas torrenciais e ventos de quase 300 km/h. Por volta das 4h da manhã desta segunda-feira, 2, a tempestade ainda castigava as Bahamas.

    Segundo os veículos da imprensa local Eyewitness News e Bahamas Press, um menino de oito anos morreu após se afogar durante uma enchente. Essa foi a primeira morte registrada como consequência do Dorian.

    A avó do garoto, Ingrid McIntosh, disse à Eyewitness News que seu neto morreu nas ilhas Ábaco, ao norte das Bahamas. As circunstâncias exatas da morte não foram divulgadas.

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    De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), os ventos e chuvas causaram “danos extensos”.

    “Ainda não temos uma imagem completa do que aconteceu. Mas está claro que o furacão Dorian teve um impacto catastrófico”, disse Sune Bulow, chefe do Centro de Operações de Emergência da IFRC em Genebra. Segundo ela, muitas pessoas foram deixadas sem abrigo e nos próximos dias precisarão de doações de água potável e assistência à saúde.

    Imagens de devastação nas ilhas Ábaco foram compartilhadas pelo Twitter por moradores. Um dos vídeos mostra casas e carros destruídos.

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    Outras filmagens mostram casas e árvores quase totalmente submersas pela água, após as fortes chuvas.

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    O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos classificou o fenômeno como o segundo mais forte registrado na bacia do Atlântico.

    “Estamos enfrentando um furacão (…) como nunca vimos antes na história das Bahamas”, disse Hubert Minnis, primeiro-ministro das Bahamas, que começou a chorar durante a entrevista coletiva no domingo. “Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida”, acrescentou.

    O Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, informou que ao tocar a terra o Dorian igualou o recorde de furacão mais potente do Atlântico, datado de 1935. Seu diretor, Jen Graham, garantiu que se trata de “uma situação extremamente perigosa”.

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    Por volta das 4h da manhã do horário de Brasília, o centro divulgou um comunicado informando que o Dorian deve continuar a castigar as Bahamas durante todo o dia de hoje e amanhã.

    “Embora esteja previsto um enfraquecimento gradual, espera-se que o Dorian permaneça um furacão poderoso nos próximos dias”, afirmou o NHC.

    Ainda segundo o centro, a expectativa é que o furacão não atinja diretamente os Estados Unidos. O Dorian deve passar “perigosamente perto” da costa da Flórida, mas a previsão é que não toque o solo na região.

    Após vários dias de incerteza sobre sua trajetória, os estados do sudeste dos Estados Unidos – Flórida, Geórgia e Carolina do Sul – ordenaram a saída dos moradores da costa, um grande êxodo que afeta centenas de milhares de pessoas.

    A Flórida emitiu suas primeiras ordens de retirada obrigatória para Palm Beach e para o condado de Martin.

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    O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster ordenou a saída obrigatória da costa, o que afetará 800.000 pessoas. A Geórgia adotou a mesma medida para seis condados.

    Os três estados declararam estado de emergência, assim como a Carolina do Norte. A medida permite uma mobilização maior dos serviços públicos estaduais e recorrer, em caso de necessidade, à ajuda federal.

    (Com AFP)

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