O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, anunciou nesta segunda-feira, 3, as mortes de cinco pessoas durante a passagem do furacão Dorian pelo arquipélago, segundo o jornal The Guardian. Uma das vítimas, Lachino Mcintosh, de 7 anos, morreu afogado quando sua família fugia da tempestade na ilha de Ábaco, no domingo, 1.
O furacão alcançará a Flórida, nos Estados Unidos, na noite desta segunda-feira.
“Estamos em meio a uma tragédia histórica”, declarou Minnis. “O furacão Dorian ainda está golpeando a Ilha de Grande Bahama e continuará lá por muitas e muitas horas. Vamos dar conforto e assistência assim que possível e assim que o Departamento Metropolitano der o sinal verde”, completou.
As quatro outras vítimas também eram da ilha de Ábaco. Mais cedo, o próprio Minnis afirmara ter recebido informações sobre corpos boiando nas águas. Também afirmou que o número de vítimas fatais pode aumentar.
Equipes de resgate continuavam a procurar vítimas e a avaliar a destruição, mas não conseguiam atingir locais onde muitas pessoas imploravam por ajuda por causa dos ventos de mais de 322 km/h.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos enviou nesta segunda-feira soldados para ajudar as autoridades das Bahamas nas operações de busca e socorro. Mas a equipe teve de esperar por horas pelo embarque até que as condições permitissem o translado.
Dorian foi o furacão mais feroz a passar pelas Bahamas. Alcançou o arquipélago como furacão de categoria 3, aqueles com ventos de mais de 249 km/h. Inúmeras casas e edifícios de Ábaco foram completamente destruídos pelos ventos e inundações. Houve apagão na ilha de New Providence, onde está a capital, Nassau, por mais de 15 horas.
O chefe de Polícia das Bahamas, Samuel Butler, contou à CNN que implorava às pessoas para a se manterem calmas e anotava as coordenadas da localização delas, esperando que as condições melhorassem para resgatá-las. A imprensa local informou que Ábaco tornou-se “um total desastre”. Árvores e postes foram derrubados pelos ventos, e toda a ilha acabou inundada.