Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Fragmentação da economia global pode levar a nova Guerra Fria, diz FMI

Diretora-geral do fundo argumentou que pandemia de Covid-19 e guerra na Ucrânia são fatores que levam à escalada de embates entre países

Por Da Redação
13 abr 2023, 18h52

Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta quinta-feira, 13, que o surgimento de blocos comerciais rivais e a consequente fragmentação da economia global poderiam motivar uma nova Guerra Fria. No início do mês, ela alertou para o pior crescimento econômico mundial desde 1990, que deve persistir nos próximos cinco anos.

A diretora argumentou que a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e a escassez provocada pela globalização são fatores que levam à escalada de embates entre os países.

“O que aprendemos com a Covid-19 e a guerra é que a segurança do fornecimento e o funcionamento confiável das cadeias de suprimentos globais estão tendo maior prioridade nas discussões econômicas e nas tomadas de decisões”, destacou.

+ Economia global terá crescimento mais fraco desde 1990, diz chefe do FMI

Nascida na Bulgária, Georgieva disse ter testemunhado os efeitos da cortina de ferro da Guerra Fria e que as circunstâncias semelhantes às causadas por esse conflito devem ser evitadas. Ela ressaltou, ainda, a importância da manutenção da paz.

Continua após a publicidade

“Infelizmente, temos que reconhecer que não podemos tomar a paz como garantida. A invasão da Rússia não é apenas uma tragédia para o povo da Ucrânia, mas uma tragédia para a comunidade global”, declarou a diretora-geral. “As despesas de defesa subiram, o dividendo da paz se foi. Então, tivemos uma globalização que não beneficiou a todos e não se concentrou o suficiente naqueles que foram deixados de fora ou deixados para trás”.

O pronunciamento parte do aumento do receio entre o grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7). Composto por Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália e Canadá, o grupo pretende construir cadeias de suprimentos alternativas à China, maior economia de exportação global, para reduzir a dependência dos seus produtos.

+ Perspectiva econômica mundial está melhor, mas ainda não é boa, diz FMI

Divulgado após uma reunião entre ministros das Finanças em Washington, um comunicado do G7 reforçou o desejo de promover “uma parceria mutuamente benéfica com países de baixa e média renda”. A preocupação de Georgieva foi acompanhada pelo secretário do Tesouro britânico, Jeremy Hunt. Ele destacou que o conflito na Ucrânia provou que a “dependência energética da Rússia foi uma coisa ruim e provavelmente um erro”.

Continua após a publicidade

Além de reforçar a necessidade de uma maior segurança na cadeia de suprimentos, Hunt expressou a preocupação com dependência tecnológica e de minerais. O chanceler indicou, no entanto, que a maneira como os Estados enfrentarão o problema será decisiva para uma possível escalada das rivalidades.

“Poderíamos fazer isso de uma maneira protecionista que enviaria a economia global de volta à Idade das Trevas, dizendo que todos tentaremos garantir que façamos tudo sozinhos – ou podemos cooperar com nossos amigos e aliados para garantir que continuemos a nos beneficiar do livre comércio”, disse Hunt.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.