Caminhões que transportam ajuda humanitária para a Venezuela foram queimados na fronteira com a Colômbia. Há relatos de que venezuelanos correram para salvar caixas de comida e remédios dos veículos em chamas. Voluntários que estão no local dizem que forças de segurança leais ao ditador Nicolás Maduro foram responsáveis por incendiar os caminhões.
Os crimes foram cometidos assim que os caminhões entraram em território venezuelano pela ponte São Francisco de Paula Santander, que liga as cidades de San Antonio y Ureña, na Venezuela, e Cúcuta, na Colômbia. Há relatos de que ao menos uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas na repressão das forças de segurança ao avanço dos veículos com ajuda humanitária.
Outros dois caminhões que saíram do Brasil com destino à Venezuela continuam detidos na fronteira com o país, na região entre a brasileira de Pacaraima (RR) e Santa Elena de Uairén, na Venezuela. O presidente autodeclarado, Juan Guaidó, havia dito anteriormente que os veículos tinham conseguido cruzar a fronteira.
Maduro prometeu bloquear todas as remessas de ajuda, consideradas por ele um “cavalo de Troia” com o objetivo de “pavimentar o caminho para uma intervenção militar estrangeira”.
Deserção
Um quinto militar de alta patente do exército venezuelano, Hugo Parra Martínez, declarou na tarde deste sábado (22) seu apoio a Juan Guaidó. “Estarei em luta com o povo venezuelano em cada marcha”, afirmou Parra Martínez por meio de um megafone, enquanto foi recebido por dezenas de manifestantes na cidade colombiana de Cúcuta. Pela manhã, um tenente e três sargentos da Guarda Nacional venezuelana deserdaram.