O pai e dois irmãos do suspeito de ser o idealizador dos ataques a bomba no domingo de Páscoa no Sri Lanka foram mortos durante uma ação da polícia há dois dias. A operação das forças de segurança contra o esconderijo dos familiares do terrorista deixou 15 mortos no total.
Zahran Hashim foi apontado pelas autoridades do Sri Lanka como o mentor da onda de atentados que mataram mais de 250 pessoas em igrejas e hotéis na ilha no último dia 22. Ele aparece em um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico (EI) após os ataques.
O extremista era o comandante do National Thowheeth Jama’ath (NTJ), grupo terrorista local responsabilizado por executar os atentados. Ele morreu no ataque a um dos hotéis de luxo de Colombo.
Os dois irmãos de Zahran, Zainee Hashim e Rilwan Hashim, e seu pai, Mohamed Hashim, também estavam no vídeo divulgado pelo EI, segundo Niyaz Sharif, cunhado do terrorista. Eles aparecem com o rosto coberto na gravação, que convoca uma guerra total contra “os infiéis”.
Zainee, Rilwan e Mohamed foram mortos em um violento tiroteio com forças de segurança na sexta-feira 26, na cidade de Kattankudy. Os policiais invadiram o local onde eles se escondiam desde os ataques e confrontaram os terroristas.
O Sri Lanka está em alerta máximo desde os ataques no último domingo de Páscoa, com quase 10.000 soldados destacados por toda a ilha para conduzir buscas e caçar membros de dois grupos islamitas que seriam os responsáveis pelos atentados.
Autoridades detiveram mais de 100 pessoas, incluindo estrangeiros da Síria e do Egito, desde os ataques de 21 de abril.
No vídeo do EI, Rilwan Hashim é visto chamando por todos os ‘jihadistas’, ou por guerra santa, enquanto crianças choram no fundo.
“Destruiremos esses infiéis para proteger esta terra e portanto precisamos da jihad”, diz Rilwan no vídeo, sentado ao lado de seu irmão e pai. “Precisamos ensinar uma lição para esses infiéis que estão destruindo os muçulmanos”.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque de domingo de páscoa, e neste domingo o grupo confirmou que três de seus membros se enfrentaram com a polícia do Sri Lanka por várias horas no tiroteio de sexta antes de detonarem seus coletes explosivos.
O grupo disse que 17 policiais foram mortos ou feridos no ataque, o que é negado pelos militares do Sri Lanka. Uma fonte policial disse que dois policiais foram levemente feridos na batalha.
A polícia disse ainda que seis crianças estavam entre as outras 12 pessoas que morreram no tiroteio, mas não deu mais detalhes.
(Com Reuters)