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Falhas do Serviço Secreto antes de atentado contra Trump eram ‘evitáveis’, diz relatório

Investigação do Senado americano apontou falhas em diversos níveis, incluindo planejamento, comunicação, segurança e alocação de recursos

Por Da Redação
Atualizado em 25 set 2024, 15h10 - Publicado em 25 set 2024, 09h48

Uma investigação bipartidária do Senado dos Estados Unidos divulgada nesta quarta-feira, 25, concluiu que várias falhas cometidas pelo Serviço Secreto e outras agências de segurança antes de um ataque a tiros contra o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia eram “previsíveis, evitáveis ​​e diretamente relacionadas aos eventos que resultaram no atentado” em julho. 

O relatório apontou várias falhas em diversos níveis, incluindo planejamento, comunicação, segurança e alocação de recursos. 

Os investigadores afirmam que o Serviço Secreto foi avisado de que havia um indivíduo armado no telhado de um prédio cerca de dois minutos antes que o atirador Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, disparasse oito tiros em direção a Trump. Os agentes, no entanto, não tinham um plano de cobertura para o local. 

“As consequências dessas falhas foram terríveis”, disse o senador Gary Peters, democrata do Michigan e presidente do painel montado para investigar o caso. 

O documento aponta que muitos dos agentes negaram ou se desviaram da responsabilidade pelas falhas de segurança no comício de Trump, alegando que “as decisões de planejamento e segurança foram tomadas em conjunto, sem nenhum indivíduo específico responsável pela aprovação”.

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Falhas na comunicação

Sem uma cadeia de comando clara entre o Serviço Secreto e outras agências de segurança, os oficiais operavam em vários canais de rádio diferentes, provocando falhas na comunicação. 

Segundos antes de Crooks atirar, um policial local emitiu um alerta de rádio informando que havia um indivíduo armado no telhado do prédio em frente ao comício, mas a informação não foi repassada aos oficiais do Serviço Secreto entrevistados pelos investigadores. 

Um dos atiradores de elite do Serviço Secreto afirmou ter visto policiais armados correndo em direção ao prédio onde o atirador estava, mas que não pensou em solicitar que Trump fosse retirado do palco.

Para evitar que um episódio similar se repita, os legisladores recomendaram que o Serviço Secreto defina com mais clareza os papéis e responsabilidades de cada agente, escolhendo uma única pessoa responsável por aprovar todos os planos de segurança. 

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