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Exército da Coreia do Sul expulsa oficial que mudou sexo após cirurgia

Uma junta médica afirmou que a militar sofria de 'deficiência mental'; transexualidade não é considerada desordem mental ou comportamental pela OMS

Por Da Redação
22 jan 2020, 15h16
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  • A ex-sargento Byun Hee-soo chora em coletiva de imprensa após ser afastada do Exército por realizar uma cirurgia de troca de sexo - 22/01/2020 (YONHAP/AFP)

    Após uma cirurgia de mudança de sexo em dezembro de 2019, a sargento Byun Hee Soo, de 22 anos, primeira militar transexual da Coreia do Sul, foi afastada do Exército. Uma junta médica avaliou que ela sofria de uma “deficiência mental”.

    A legislação militar do país impede que qualquer pessoa transexual seja recrutada, por “distúrbio de identidade de gênero”. Porém, não existe legislação para militares na ativa que decidam mudar de sexo.

    “A comissão tomou a decisão de dispensar (a oficial), já que isso (a opinião médica) constitui uma razão para a incapacidade de continuar servindo, com base na legislação correspondente”, explicou o Exército, em comunicado.

    Após ser informada da decisão, Byun deu uma entrevista coletiva em que pediu uma oportunidade de continuar as forças armadas.

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    “Estou ciente de que o Exército ainda não está pronto para aceitar soldados transgêneros. No entanto, se eu for designada adequadamente com base em minhas experiências únicas, isso poderá criar efeitos positivos para os militares em geral”, disse.

    Ainda em sua fala, a ex-sargento disse que sempre sonhou em servir o Exército. Ela também expressou sua esperança de que todas as minorias sexuais fossem capazes de cumprir seu dever sem serem discriminadas.

    O Centro de Direitos Humanos do Exército da Coreia (CMHRK), que defendeu a necessidade de mantê-la em seu posto, pediu à Comissão Nacional de Direitos Humanos que revertesse a decisão.

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    A Comissão recomendou então que o Exército adiasse a reunião do comitê devido à possibilidade de discriminação, mas os militares decidiram avançar com o procedimento, argumentando que o parecer médico e a legislação justificavam que prosseguissem com o caso.

    O CMHRK considerou a decisão “verdadeiramente cruel” e “covarde” e descreveu como “vulgar” a percepção do Exército sobre as capacidades da sargento, observando que ela tem demonstrado um grande interesse e empenho em servir nas Forças Armadas desde a sua juventude.

    Desde maio de 2019, a transexualidade não mais figura na lista de desordens mentais e comportamentistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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