O atacante holandês Quincy Promes, que já atuou pela seleção nacional de futebol e hoje joga pelo Spartak Moscou, foi indiciado nesta terça-feira, 30, pelo tráfico de cerca de 1.360 quilos de cocaína. O Ministério Público do país alega que o jogador esteve envolvido no contrabando de dois lotes da droga, apreendidos em 2020 no porto da cidade belga de Antuérpia.
A audiência pré-julgamento estaria prevista para a próxima segunda-feira, segundo portal de notícias holandês Nos. Promes teria participação em organização criminosa e, de acordo com um levantamento do National Drug Monitor, o valor do lucro pelo tráfico em Amsterdam estaria estipulado estaria em 75 milhões de euros (aproximadamente 405 milhões de reais).
O advogado do atacante, Robert Malevicz, disse que comentaria sobre o caso na ‘sessão da próxima segunda-feira”. Contabilizando 50 participações na seleção holandesa, Promes jogou anteriormente por FC Twente, Sevilla e Ajax. No momento, atua pela segunda vez no Spartak Moscou.
O jogador também está sendo acusado de agressão agravada por sua atuação em um caso de esfaqueamento. Ele teria atacado seu primo, atingindo o joelho do parente, durante um encontro familiar. A polícia local afirma ter registrado a confissão de Promes, que oficialmente nega o envolvimento, através de uma escuta instalada em seu telefone.
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Ao longo do julgamento, reaberto em março deste ano, a Justiça holandesa desconsiderou as acusações de tentativa de homicídio e de homicídio culposo movidas contra o atacante. Promes não compareceu às sessões sob a justificativa de obrigações contratuais com o clube em que joga. Ele temia, ainda, ser preso pela investigação em curso sobre sua participação no tráfico de drogas, conforme indica o jornal holandês Het Parool.
“O Ministério Público exigiu dois anos contra um homem suspeito de esfaquear o primo no joelho”, disseram os promotores responsáveis pelo caso ainda em março.