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Ex-presidente boliviana é condenada a 4 meses de prisão preventiva

Jeanine Áñez é acusada de terrorismo, sedição e conspiração para a renúncia de Evo Morales em 2019

Por Da Redação
15 mar 2021, 09h39
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  • A ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez foi condenada neste domingo 14 a 4 meses de prisão preventiva, após ser acusada de ter conspirado pela renúncia do ex-presidente Evo Morales em 2019.

    “Me enviam para quatro meses de detenção para esperar o julgamento por um ‘golpe’ que nunca aconteceu”, afirmou Áñez em uma rede social no domingo, após ouvir a decisão da juíza Regina Santa Cruz. “Peço à Bolívia que tenha fé e esperança. Um dia, com todos, construiremos uma Bolívia melhor”.

    A ex-presidente de 53 anos foi detida em sua casa no sábado 13, na cidade de Trinidad, capital do departamento de Beni. Advogada e ex-apresentadora de televisão, Áñez deixou o governo em novembro, após a vitória de Luis Arce, ex-ministro da Economia de Evo, nas eleições presidenciais.

    Na acusação formal, o MP boliviano havia solicitado a prisão preventiva da ex-presidente interina por seis meses no presídio Obrajes de Mujeres, em La Paz. Os procuradores ainda haviam pedido a mesma pena para os ex-ministros interinos da Justiça, Álvaro Coímbra e da Energia, Álvaro Rodrigo Guzmán. A Justiça boliviana, porém, decidiu pela pena de 4 meses de detenção preventiva para todos.

    O promotor, Harold Jarandilla, defendeu que a ex-presidente interina aguardasse o julgamento sob custódia alegando risco de fuga após ela ser descoberta “escondida com maestria” na casa de um vizinho quando foi detida no último sábado 13. Segundo a imprensa local, Áñez foi encontrada escondida dentro de uma cama box.

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    As acusações

    Áñez é acusada de terrorismo, sedição e conspiração para a renúncia de Evo Morales. Segundo o Ministério Público, ela participou do plano para executar um “golpe de Estado” contra o ex-presidente, que renunciou em novembro de 2019 em meio a grandes distúrbios sociais após a sua reeleição.

    Os opositores de direita e centro denunciaram na época que Morales havia cometido fraudes na eleição. Diante de enormes protestos populares, as Forças Armadas pediram para que Morales deixasse o cargo, o que fez o então presidente a renunciar e seguir para o exílio no México (e depois para a Argentina).

    Áñez foi presidente interina do país após a renúncia de Evo em 2019. Sua administração durou 11 meses e envolveu a prisão de alguns políticos do governo anterior.

    (Com EFE)

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