Derek Chauvin, ex-policial da cidade norte-americana de Mineápolis, abriu mão nesta quinta-feira, 15, do direito de depor ao júri sobre sua participação na prisão e posterior morte de George Floyd em maio, e as duas partes encerraram suas respectivas apresentações no julgamento do caso mais notório de má conduta policial nos Estados Unidos em décadas.
“Invocarei meu privilegio da Quinta Emenda hoje”, disse Chauvin, de 45 anos, em uma audiência antes de o júri ser chamado na manhã desta quinta-feira, referindo-se ao direito constitucional contra a autoincriminação. Foram seus comentários mais longos desde que seu julgamento começou com a seleção do júri em 8 de março.
A defesa disse ao juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, que não convocaria mais testemunhas após dois dias de depoimentos e encerrou sua apresentação, que se concentrou em criar dúvidas sobre o que causou a morte de Floyd.
É incomum réus deporem em um caso criminal porque enfrentam interrogatórios intensos dos procuradores e correm o risco de minar seu caso e sua credibilidade.
Após uma participação curta de uma testemunha de refutação, os procuradores de Minnesota também encerraram sua parte.
Cahill disse que os jurados ouvirão os argumentos finais na segunda-feira e depois receberão o caso para deliberações. Eles ficarão isolados em um hotel de uma cidade cujo centro está repleto de tropas da Guarda Nacional e vitrines cobertas por tábuas por receio de possíveis tumultos durante protestos.