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Evo Morales retorna à Bolívia pela primeira vez após renúncia

Ex-presidente cruzou a fronteira com a Argentina a pé após ato de despedida organizado por Alberto Fernández

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 nov 2020, 13h00 - Publicado em 9 nov 2020, 12h06

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, voltou nesta segunda-feira, 9, ao seu país natal, após ficar cerca de um ano em exílio. Morales estava na Argentina desde que renunciou ao cargo por pressão de parte da população e dos militares de seu país.

Morales atravessou a fronteira com a Argentina na cidade de Villazón, onde um grande número de pessoas o aguardava. O ex-presidente cruzou a fronteira após um ato de despedida organizado pelo mandatário argentino, Alberto Fernández.

Morales pisou na Bolívia exatamente um dia depois da posse de Luis Arce, que foi seu ministro da Economia, como presidente. Acompanhado de uma caravana de 800 carros, ele agora percorrerá mais de 1.000 quilômetros até a zona “cocalera” de Cochabamba, onde iniciou sua carreira política. A viagem deve durar três dias.

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A volta do ex-presidente também ocorre após a Justiça da Bolívia ter retirado uma ordem de prisão contra sua pessoa. Em 2019, após uma eleição contestada pela oposição, o ex-presidente foi forçado a renunciar para evitar. O periodo entre o dia da eleição e sua renúncia contou com protestos e motins da polícia. O Exército também exerceu pressão para que Morales deixasse o posto.

O ex-presidente se exilou primeiro para o México, passou por Cuba e foi residir na Argentina, após a posse do presidente peronista, Alberto Fernandez.

A oposição tomou controle do governo sob a liderança da presidente interina Jeanine Áñez para organizar novas eleições, que foram adiadas para outubro por conta da pandemia de Covid-19. Com um Tribunal Superior Eleitoral nomeado pela oposição, o candidato de Morales, Luiz Arce, ganhou o pleito no primeiro turno, com 55,1% dos votos, enquanto o adversário Carlos Mesa, 29%.

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