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Europa suspeita que Rússia está por trás de onda de ataques criminosos

Autoridades europeias creem que diversos incêndios criminosos e sabotagens podem fazer parte de um plano do Kremlin para desestabilizar o Ocidente

Por Da Redação
Atualizado em 30 Maio 2024, 11h12 - Publicado em 30 Maio 2024, 11h07

Os serviços de segurança de diversos países da Europa afirmaram nesta quinta-feira, 30, que acreditam que a Rússia pode estar por trás de uma onda de incêndios criminosos e ataques à infraestrutura na Alemanha, Reino Unido e Países Bálticos como uma tentativa de desestabilizar o Ocidente, que apoia a Ucrânia na guerra.

A questão foi abordada em uma cúpula de ministros das Relações Exteriores e da Defesa em Bruxelas nesta semana. Além disso, autoridades de segurança holandesas, estonianas e lituanas alertaram sobre a vulnerabilidade dos países ocidentais.

A ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, afirmou em Bruxelas que a Rússia estava “tentando intimidar” os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com o objetivo de tornar seus países membros vulneráveis. “Acho que essa tem sido uma maneira que a Rússia, como também a União Soviética, têm trabalhado ao longo da história recente. Nos 75 anos da Otan, acho que vimos isso com frequência”, disse ela. 

Embora não existam evidências concretas de que a Rússia seja responsável pelos ataques, as autoridades europeias argumentam que o país pode estar contratando vândalos de diferentes países com pagamentos por meio de criptomoedas, o que dificulta o rastreamento e a identificação dos contratantes. 

“O que posso dizer é que vimos um aumento da atividade de inteligência russa em toda a aliança. Portanto, aumentamos nossa vigilância”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

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Suspeitas de envolvimento russo

Investigadores europeus já alertaram para um possível envolvimento da Rússia em diversos crimes ao redor do continente, incluindo incêndios em um shopping na Polônia e no leste de Londres, um grafite antissemita no memorial do Holocausto em Paris e uma tentativa de sabotagem contra uma infraestrutura militar do estado da Baviera, na Alemanha.

Na semana passada, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que autoridades locais prenderam nove pessoas acusadas de atos de sabotagem cometidos, supostamente, sob as ordens dos Kremlin. Os crimes incluem “espancamentos, incêndio criminoso e tentativa de incêndio criminoso”. As autoridades polonesas também estão investigando se a Rússia está envolvida no incêndio de um shopping na cidade de Varsóvia neste mês. A embaixada russa na capital, porém, descreveu a suspeita como uma teoria da conspiração.

Em abril, um britânico foi acusado de ter sido recrutado pela inteligência russa para incendiar uma propriedade industrial ligada a um empresário ucraniano em Leyton, no leste de Londres. O Ministério Público do Reino Unido alegou que ele estava “envolvido em condutas visando empresas que estavam ligadas à Ucrânia, a fim de beneficiar o estado russo”.

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A Alemanha também suspeita do envolvimento da inteligência russa em sabotagens a infraestruturas e ataques cibernéticos realizados por um grupo de hackers em 2023. Dois homens de dupla nacionalidade alemã e russa foram presos no mês passado por suspeita de planejar uma explosão em uma base militar na Baviera, mantendo contato com a inteligência russa.

Com o aumento das suspeitas, o centro nacional de gerenciamento de crises da Lituânia (NKVC) aconselhou instituições que apoiam a Ucrânia a aumentarem a vigilância. “O nível de ameaça é bastante alto. Pedimos ao público que permaneça vigilante”, disse Vilmantas Vitkauskas, o chefe do NKVC.

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