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EUA voltam a designar hutis do Iêmen como entidade terrorista global

Porta-voz da Casa Branca destacou que ataques recentes "prejudicaram o comércio global e ameaçaram a liberdade de navegação" no Mar Vermelho

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h20 - Publicado em 17 jan 2024, 13h28
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  • O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 17, a redesignação de rebeldes hutis do Iêmen como uma entidade Terrorista Global Especialmente Designada (SDGT), após ataques aéreos contra militantes que, por sua vez, atacaram navios comerciais no Mar Vermelho.Em declaração, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que os ataques recentes “colocaram em perigo funcionários dos EUA, civis, parceiros, prejudicaram o comércio global e ameaçaram a liberdade de navegação”.

    A mudança de designação, segundo Sullivan, “é uma ferramenta importante para impedir financiamento terrorista aos hutis, restringindo ainda mais acesso do grupo ao mercado financeiro e conseguir responsabilizá-los por suas ações”.

    “Se os hutis cessarem ataques no Mar Vermelho, os Estados Unidos irão imediatamente reavaliar essa designação”, acrescentou.

    O governo americano removeu a designação SDGT dos hutis e retirou o grupo da lista como organização terrorista estrangeira (FTO) em fevereiro de 2021. Na época, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, citou a terrível situação humanitária no Iêmen como a razão para remover o designação do grupo.

    Pouco depois do início da guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, em outubro, rebeldes hutis começaram a lançar ataques de mísseis e drones contra navios no Mar Vermelho. Segundo o grupo, todos os navios que tivessem ligação com Israel ou seus aliados “se tornariam um alvo legítimo”.

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    Na terça-feira, forças dos Estados Unidos lançaram um novo ataque contra rebeldes hutis no Iêmen. O objetivo, de acordo com autoridades americanas ouvidas pela agência de notícias Reuters, era deter mísseis balísticos antinavio que estavam sendo preparados para lançamento e apresentava uma ameaça a navios americanos mercantes e militares na região.

    Em comunicado, o Comando Central dos EUA afirmou que quatro mísseis balísticos de rebeldes hutis do Iêmen foram destruídos. No domingo, as forças dos Estados Unidos no Mar Vermelho já haviam abatido um míssil de cruzeiro dos hutis que tinha como alvo um destroier americano, e na segunda-feira um navio de carga, também americano, foi atingido por outro míssil dos rebeldes no Golfo de Omã.

    Também na terça-feira, o Comando Central dos EUA disse ter apreendido um carregamento de armas avançadas do Irã destinadas aos rebeldes. A operação, que o governo americano disse ter sido a primeira do tipo, ocorreu em 11 de janeiro.

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