As autoridades americanas prenderam um tenente da Guarda Litorânea que planejava um ataque generalizado contra políticos e civis, segundo o governo dos Estados Unidos.
O tenente, identificado como Christopher Paul Hasson, de 49 anos, definia-se como “nacionalista branco” e, segundo as autoridades, “pretendia assassinar civis em uma escala raramente vista neste país”.
De acordo com os documentos de acusação da Promotoria americana, aos quais o jornal The Washington Post teve acesso, Hasson foi classificado como “terrorista doméstico”.
Entre os seus supostos alvos estavam a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, assim como a congressista de esquerda Alexandria Ocasio-Cortez, além de civis e jornalistas.
Ainda de acordo com documentos judiciais apresentados em um tribunal federal do estado de Maryland, Hasson defendia o uso de “violência focalizada” para estabelecer a “pátria branca” e sonhava em “matar quase até a última pessoa sobre a face da Terra”.
O tenente também fantasiava um ataque biológico e uma “campanha de bombas e franco-atirador”.
Hasson, preso na sexta-feira passada, tinha realizado recentemente buscas na internet por “melhores lugares em DC (Distrito de Columbia) para ver pessoas do Congresso” ou “os magistrados da Supremo Corte recebem proteção?”.
Na sua casa de Silver Spring, subúrbio de Washington, as autoridades acharam um grande número de armas e também de entorpecentes. A polícia não sabe quando o terrorista pretendia entrar em ação.
Segundo os investigadores, Hasson estava estudando o manifesto do ultradireitista norueguês Anders Behring Breivik, que em 2011 assassinou 77 pessoas. Além disso, estava obcecado com a ideologia neofascista e neonazista.
Hasson serviu no Corpo de Fuzileiros navais entre 1988 e 1993 e depois na Guarda Nacional por outros dois anos. Desde 2016 trabalhava como tenente da Guarda Litorânea dos Estados Unidos em suas sedes de Washington.
A expectativa é que Hasson compareça diante de um juiz nesta quinta-feira, 21, para determinar sua situação à espera de um julgamento. Os promotores defendem que o tenente deve permanecer na prisão até lá.
(Com EFE)