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EUA pedem que Maduro inicie diálogo com oposição para transição democrática

Casa Branca insiste na demanda de publicação das atas eleitorais para comprovar resultados do pleito na Venezuela

Por Da Redação
Atualizado em 6 ago 2024, 18h41 - Publicado em 6 ago 2024, 09h42
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  • O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 31/07/2024
    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (31/7/2024) (Gaby Oraa/Bloomberg/Getty Images)

    Os Estados Unidos instaram o regime de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana a iniciar negociações para uma “transição pacífica” em direção à democracia na noite de segunda-feira, 5, além de tornarem a reconhecer a vitória de Edmundo González Urrutia, autodeclarado presidente, contra o ditador nas eleições na Venezuela.

    “Continuamos a instar as partes venezuelanas a iniciar conversas sobre uma transição pacífica de regresso às normas democráticas”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, a jornalistas, o que o regime venezuelano denunciou como “evidência” de que a Casa Branca “está na vanguarda” da uma tentativa de golpe de Estado.

    “Continuamos a apelar pela transparência e pela publicação de contagens detalhadas de votos, embora admitamos que já se passou mais de uma semana desde a eleição e que a publicação desses votos exigiria um escrutínio atento, dado o potencial de manipulação nesse período de tempo”, Miller acrescentou.

    Resultados contestados

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo chavismo, proclamou Maduro reeleito com 52% dos votos, contra 43% do candidato González.

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    Mas a oposição, liderada pela política inabilitada María Corina Machado, acusou fraude e publicou num portal on-line cópias dos registos de votação – aqueles que o CNE evitou mostrar – que dão a González uma grande vitória, com 67% de apoio, contra 30% para Maduro.

    Até agora, o órgão eleitoral não divulgou os resultados detalhados das eleições, desagregados por mesa de votação, apesar da pressão internacional e de essa etapa ser exigida pela própria lei venezuelana.

    “Se olharmos para as contagens que a oposição divulgou, fica claro que, mesmo que todos os votos pendentes (cópias de atas às quais a oposição não teve acesso) fossem a favor de Maduro, não seriam suficientes para superar a liderança de Edmundo González”, garantiu Miller.

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    Reação do regime Maduro

    Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse em um comunicado que “é inédito” que os Estados Unidos “tencionem impor um novo governo fantoche na Venezuela, à imagem e semelhança de sua estratégia fracassada de 2019”, referindo-se ao apoio que Washington deu a Juan Guaidó. Na época líder oposicionista, ele se autoproclamou “presidente interino” numa tentativa fracassada de tirar Maduro do poder. Hoje, Guaidó vive exilado na Flórida.

    Na semana passada, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, aceitou como válidos os dados apresentados pela oposição que comprovariam a vitória de González. Ele descreveu as evidências como “esmagadoras”.

    Tirar Maduro do poder, porém, não é trivial, já que ele controla todas as instituições governamentais e as Forças Armadas. Na segunda-feira, a oposição apelou para que a polícia e os militares fiquem “do lado do povo” em vez de continuarem a apoiar o governo e que parem de “reprimir” protestos legítimos, o que rendeu a Corina e González a abertura de uma investigação por alegada “instigação à insurreição”.

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    Em comunicado, a Procuradoria-Geral acusou os dirigentes da oposição de usurpação de funções, divulgação de informações falsas, instigação à desobediência e insurreição e associação para a prática de um crime.

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