O número de pessoas afetadas pela contaminação de hambúrgueres Quarter Pounder, o Quarteirão, do Mc Donald’s, pela bactéria E. coli subiu para 75 pessoas, incluindo uma morte, nos Estados Unidos, segundo as últimas atualizações do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) nesta sexta-feira, 25. Duas pessoas, entre elas uma criança, desenvolveram complicações renais graves.
Anunciado há três dias, o surto já abrange 13 estados americanos e levou à retirada do sanduíche do cardápio de várias filiais. Um dos afetados, Eric Stelly, do Colorado, abriu um processo contra o McDonald’s na quarta-feira. Ele afirma que comeu um Quarteirão em 4 de outubro numa unidade na cidade de Greeley, detectando a bactéria em um teste poucos dias depois. Stelly demanda US$ 50 mil (cerca de R$ 284 mil) como forma de indenização.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa americana) e autoridades estaduais de saúde abriram uma investigação contra a rede de fast-food na terça-feira. Acredita-se que a infecção esteja relacionada à contaminação das cebolas usadas no Quarteirão, providas por empresa de produtos agrícolas da Califórnia. Em reflexo, outras redes como Taco Bell, Pizza Hut, KFC e Burger King também retiraram o ingrediente de algumas opções do menu.
+ Surto de bactéria ligado ao McDonald’s deixa um morto e 49 doentes nos EUA
Quais são os sintomas?
A bactéria Escherichia coli (E. coli) é encontrada nos intestinos dos animais e no ambiente. Ela provoca sintomas como febre, diarreia e fortes cólicas no abdômen. O tipo de bactéria que provoca surtos como os relatados, E. coli O157:H7, é responsável por 74.000 infecções nos EUA a cada ano, bem como por 2 mil hospitalizações e 61 mortes.
A doença é, em particular, mais preocupante em crianças menores de 5 anos e podem causar insuficiência renal aguda.
As notícias sobre a intoxicação ocorrem em meio a uma série de dificuldades para o McDonald’s, com sede em Chicago. Pela primeira vez em quase quatro anos, as vendas globais entraram em queda no segundo trimestre de 2024. É um reflexo da inflação, que obriga clientes a procurarem opções mais baratas ou comerem em casa. Após o comunicado do CDC, as ações da rede caíram 9% na bolsa.