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EUA legalizam status de quase 500 mil imigrantes venezuelanos

Com visto de 'proteção temporária', válido por 18 meses, refugiados da ditadura de Nicolás Maduro poderão viver e trabalhar em território americano

Por Da Redação
Atualizado em 21 set 2023, 09h57 - Publicado em 21 set 2023, 09h39
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  • O governo dos Estados Unidos legalizou nesta quinta-feira, 21, a situação de quase 500 mil venezuelanos que entraram no país de forma irregular em busca de asilo. Agora, com o Status de Proteção Temporária (SPT), esses refugiados poderão trabalhar legalmente por um período de 18 meses.

    + Como o governo Biden aperta o cerco contra os imigrantes ilegais

    Inúmeras cidades americanas têm lutado para acomodar o crescente número de chegadas daqueles que fogem da turbulência econômica e política na Venezuela. O número de imigrantes que atravessam o traiçoeiro Darién Gap – que liga o Panamá à Colômbia e serve de barômetro para o movimento na região – bateu um recorde em 2023: de acordo com autoridades de imigração panamenses, 248.901 pessoas atravessaram a selva neste ano, e destes, aproximadamente 20% são crianças e adolescentes.

    Após apelos de membros do Partido Democrata para expandir o acesso ao trabalho para os recém-chegados, a administração do presidente americano, Joe Biden, emitiu as novas diretrizes. Para obterem o SPT, venezuelanos devem ter vivido nos Estados Unidos até 31 de julho. Cerca de 472 mil pessoas são elegíveis.

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    Outros 243 mil venezuelanos já possuem o visto especial, decorrente de uma política de 2021 que foi renovada no ano passado.

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    O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos disse que a expansão do status de proteção para os venezuelanos era justificada devido ao “aumento da instabilidade e falta de segurança” do país.

    “O status de proteção temporária fornece aos indivíduos já presentes nos Estados Unidos proteção contra remoção quando as condições em seu país de origem impedirem seu retorno seguro”, disse o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, em um comunicado.

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    “Essa é a situação em que se encontram os venezuelanos que chegaram aqui em ou antes de 31 de julho deste ano”.

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    O prefeito de Nova York, Eric Adams, um democrata, foi um dos críticos mais vocais ao governo Biden durante a atual crise migratória. A cidade tem lutado para abrigar dezenas de milhares de pessoas, muitas provenientes da Venezuela, em mais de 200 hotéis, abrigos, tendas e outras instalações. Até 10 de setembro, mais de 113.300 imigrantes haviam chegado à metrópole desde o primeiro trimestre de 2022.

    Adams culpou os governos federal e estadual por não fornecerem ajuda suficiente a Nova York, como habitação e outros serviços sociais aos recém-chegados.

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    Os estados liderados por governadores do Partido Republicano, na tentativa de aumentar a pressão sobre o governo Biden e protestar contra as políticas fronteiriças, têm transportado imigrantes em aviões e ônibus para áreas controladas pelos democratas. O objetivo, segundo eles, é que a Casa Branca reduza o número de imigrantes que cruzam a fronteira dos Estados Unidos com o México.

    De acordo com as Nações Unidas, mais de 7 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde que a economia do gigante petrolífero entrou em colapso sob o presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013.

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