Os Estados Unidos usaram sua maior bomba não nuclear em um ataque no Afeganistão nesta quinta-feira. O local bombardeado pelo governo de Donald Trump é uma área ocupada por terroristas do grupo Estado Islâmico.
A bomba foi lançada no distrito de Achin, localizado na província de Nangarhar, no leste do país, por volta das 19h do horário local (11h30 em Brasília). O bombardeio foi realizado alguns dias após um soldado das Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, conhecidas como Green Beret, ser morto em confronto com os jihadistas do EI.
“Nós miramos um sistema de túneis e cavernas que os terroristas do EI usam para se deslocar livremente, tornando mais fácil para eles atacarem militares americanos e forças afegãs na área”, afirmou o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, em uma coletiva de imprensa. Segundo Spicer, foram tomadas todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis.
O Pentágono confirmou que o ataque foi realizado usando a arma GBU-43B, ou Massive Ordnance Air Blast Bomb (MOAB), que possui sistema de GPS e pesa 9.5 toneladas. Para efeito de comparação, cada missil Tomahawk usado na base aérea síria na semana passada tem por volta de 450 quilos.
A arma, que foi testada pela primeira vez em 2003, mas nunca havia sido usada em um ataque oficial antes, é conhecida pela Força Aérea americana como a “mãe de todas as bombas” e tem poder de penetração suficiente para destruir instalações militares subterrâneas.
De acordo com fontes militares que participaram da missão no Afeganistão, a bomba foi lançada de uma aeronave MC-13, operada pelo Comando de Operações Especiais da Força Aérea. Seu alvo era a província de Nangarhar, onde segundo os militares o EI tem túneis subterrâneos construídos. O Exército americano ainda está avaliando os danos do ataque.