Os Estados Unidos impuseram sanções contra o presidente do Banco Central do Irã, outros três indivíduos e um banco do Iraque como parte de programas destinados a atingir apoiadores do terrorismo global, informou o Departamento do Tesouro americano nesta terça-feira (15).
Em um comunicado divulgado em seu site, o Tesouro dos Estados Unidos disse ter sancionado o presidente do banco central iraniano, Valiollah Seif, e o banco iraquiano Al-Bilad, entre outros alvos.
Na última quinta-feira, o Tesouro americano também impôs novas sanções a uma rede que opera nos Emirados Árabes Unidos (EAU) e no Irã, dedicada ao fornecimento de centenas de milhões de dólares à Força Quds, o grupo de elite da Guarda Revolucionária iraniana.
O Tesouro chamou o Banco Central iraniano de “cúmplice” do exército de elite de Teerã, alegando que a instituição deu ao grupo militar acesso a fundos mantidos em contas bancárias no exterior.
“Pretendemos cortar as fontes de renda da Guarda Revolucionária, de onde quer que venham e seja qual for o destino”, acrescentou. Segundo o departamento, a rede em questão manejava “centenas de milhões de dólares” em transações monetárias.
As novas medidas, que afetam entidades iranianas e aliados, foram tomadas depois que o presidente Donald Trump anunciou, na terça-feira (8), a retirada dos Estados Unidos do pacto nuclear com o Irã e ordenou a retomada das sanções econômicas sobre o governo da República Islâmica. As medidas punitivas impostas nesta terça-feira são as primeiras desde a decisão de Trump.
Como consequência desta nova rodada de sanções, ficam congelados os ativos que essas empresas e pessoas possam ter sob jurisdição dos Estados Unidos. Qualquer transação financeira com entidades americanas também está proibida.
O acordo
Com a assinatura do pacto nuclear em 2015, em troca do comprometimento de Teerã de restringir seu programa nuclear, as seis potências (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) retiraram as sanções econômicas que havia anos bloqueavam o Irã de negociações bancárias e petroleiras.
Além disso, deram novamente ao país permissão para comprar aeronaves comerciais e realizar negócios em outras áreas no exterior. O acordo também descongelou bilhões de dólares que Teerã tinha no exterior.
Com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear, Washington concedeu um prazo de entre 90 e 180 dias para que as empresas com relações comerciais com o Irã encerrem os seus negócios.
(Com Reuters, Estadão Conteúdo e EFE)