EUA enviam milhares de soldados para reforçar a segurança no Oriente Médio
Informação foi divulgada pelo Departamento de Defesa americano depois que Israel advertiu sobre incursão terrestre ao Líbano
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (30) que estão enviando milhares de soldados adicionais para o Oriente Médio para reforçar a segurança na região e defender Israel de possíveis ataques.
A informação foi divulgada pelo Pentágono, o Departamento de Defesa americano.
A presença reforçada vai incluir ainda o envio de mais caças militares, informou a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.
O anúncio ocorre após uma nova onda de bombardeios israelenses ao Líbano, um deles realizado em pleno centro de Beirute, a capital do país, que deixou ao menos quatro mortos.
No fim de semana, o grupo xiita Hezbollah também admitiu que seu líder, Hassan Nasrallah, foi assassinado pelas forças israelenses, numa escalada significativa na guerra no Oriente Médio.
O Pentágono afirma que os jatos militares vão se revezar e substituir esquadrões aéreos que já estão nos arredores de Israel, dobrando o poder aéreo dos Estados Unidos na região.
No domingo, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, também anunciou que iria reforçar temporariamente o grupo de ataque do porta-aviões USS Abraham Lincoln,
Esses novos jatos, disse Singh, estão lá para “proteger as forças dos Estados Unidos”.
Também nesta segunda, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu aos muçulmanos que apoiem o Hezbollah “com recursos e ajuda”. É uma resposta à morte de Hassan Nasrallah, líder da milícia xiita.
“O destino desta região será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”, disse o aiatolá Khamenei.
Analistas, porém, afirmam ser improvável que o Irã retalie diretamente a Israel pelo ataque aéreo que matou Nasrallah.
O mais plausível, dizem, é que o Irã continuará a depender de milícias aliadas para lutar contra Israel, já que Teerã tenta evitar a todo custo um ataque direto dos israelenses ao país.