Os Estados Unidos e a Rússia responderam positivamente aos resultados preliminares da reunião dos presidentes da Coreia do Norte e Coreia do Sul, que continuará até quinta-feira em Pyongyang. Em Washington, Donald Trump, qualificou os primeiros acordos como “progressos extraordinários”. Moscou afirmou ser um passo para reduzir a tensão e promover uma solução política.
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, assinaram nesta quarta-feira uma declaração que traz a intenção de Pyongyang de fechar a instalação nuclear de Yongbyon, onde o regime produz combustível para suas bombas atômicas. Kim Jong-un comprometeu-se com o fechamento de uma área de testes de mísseis.
Os ministros da Defesa da Coreia do Norte e da Coreia do Sul, tecnicamente ainda em guerra, assinaram um acordo militar para diminuir a tensão em áreas de fronteira, o que é considerado um passo importante para fomentar a confiança mútua.
Em searas mais amenas, ambos anunciaram a apresentação de candidatura conjunta para organizar os Jogos Olímpicos de 2032, prometeram adotar uma série de iniciativas bilaterais, como a facilitação de encontros regulares entre famílias separadas desde a Guerra da Coreia (1950-53) e indicaram a possibilidade de conexão das redes ferroviária e rodoviária dos dois países.
“Fazemos progressos extraordinários sobre a Coreia do Norte”, reagiu Trump nos jardins da Casa Branca. “Lembrem-se de uma coisa: antes de eu ser presidente, muita gente achava que uma guerra com a Coreia do Norte era inevitável. Hoje, as relações, pelo menos em um nível pessoal, são excelentes.”
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskovduas, afirmou se uma “boa notícia” o acordo selado entre os líderes das duas Coreias. “Sem dúvida, apoiamos os passos eficazes dados para resolver a questão coreana”, disse aos jornalistas.
De acordo com Peskovdua, o acordo diminuirá a tensão militar na região e “é requisito obrigatório para avançar na resolução política”.
Este é o primeiro compromisso em direção á pacificação da Península Coreana assinado por Kim desde seu encontro com Trump em Singapura, em junho passado. Desde então, as negociações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos afrouxaram e novas dados confirmaram o recuo de Pyongyang em suas promessas de desmobilizar suas instalações nucleares.
O veto de Trump a uma visita programada à Coreia do Norte, no fiim de agosto, provocou reação de Kim. Em carta à Casa Branca, ele destacou sua disposição de encontrar-se novamente com Trump ainda neste ano e retomou sua agenda de desnuclearização.