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EUA dizem ter evidências de interferência da China em eleição americana

Declaração foi feita pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, em entrevista à rede CNN

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h54 - Publicado em 26 abr 2024, 10h22
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  • O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos viram evidências de tentativas do governo da China de “influenciar e possivelmente interferir” nas próximas eleições americanas. O comentário foi feito em entrevista nesta sexta-feira, 26, à rede CNN, ao final de uma visita de três dias a Pequim, onde o principal diplomata de Washington se reuniu com autoridades chinesas, incluindo o presidente Xi Jinping.

    “Temos visto, de modo geral, evidências de tentativas de influenciar e possivelmente interferir, e queremos ter certeza de que isso será interrompido o mais rápido possível”, disse Blinken, que ressaltou ter repetido a mensagem que o presidente Joe Biden teria enviado a Xi, durante cúpula na Califórnia no ano passado, para não interferir nas eleições presidenciais americanas deste ano.

    + Blinken retorna à China com críticas ao apoio militar de Pequim à Rússia

    Segundo o secretario de Estado, “qualquer interferência da China nas nossas eleições é algo que estamos a analisar com muito cuidado e é totalmente inaceitável para nós, por isso queria ter a certeza de que ouviriam essa mensagem novamente”.

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    Pequim, por sua vez, nega qualquer interferência em eleições de outros países, citando seu princípio de não interferência em questões internas de outros Estados.

    Recentemente, as relações entre a China e os Estados Unidos têm ficado mais estáveis. Desde o encontro entre Xi e Biden, no ano passado, Pequim tem tido uma postura menos belicosa com Taiwan. Além disso, o número de voos entre os dois países duplicou desde a reunião dos líderes. Na visita de Xi à Califórnia, ele também concordou em tomar medidas para conter o fluxo de materiais utilizados na produção de fentanil na América Latina.

    A viagem de Blinken à Ásia também teve o objetivo de pressionar o governo chinês a repensar seu apoio militar à Rússia. O diplomata repassou a mensagem de que o Ocidente não vai tolerar vendas de armas e equipamentos semi-militares a Moscou, que podem ajudar o presidente russo, Vladimir Putin, a intensificar ataques à Ucrânia.

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    Depois de uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores do G7, grupo das sete nações mais ricas do mundo, os chanceleres emitiram uma declaração no início desta semana enfatizando que a “China deve garantir que esse apoio (à Rússia) cesse”.

    A pressão pode fazer com que o governo chinês recue de fornecer armas diretamente à Rússia. Pedir a proibição de vendas de bens industriais no geral, porém, é uma tarefa difícil. Antes da chegada de Blinken, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, reafirmou a posição da China.

    “Deixe-me sublinhar mais uma vez que o direito da China de conduzir trocas comerciais e econômicas normais com a Rússia e outros países do mundo com base na igualdade e no benefício mútuo não deve ser interferido ou perturbado”, disse Wang, de acordo com o jornal chinês Beijing Youth Daily. “Os direitos e interesses legítimos da China não devem ser infringidos”.

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