O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou nesta sexta-feira, 15, que embora os Estados Unidos enxerguem a “intenção” de Israel em proteger a população da Faixa de Gaza em meio à guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, ainda não viram “resultados” concretos das medidas adotadas pelo exército israelense para evitar mortes de civis.
Em visita a Tel Aviv, Sullivan reiterou o apoio americano à causa israelense durante uma coletiva de imprensa, em meio a críticas veladas. Na véspera, a autoridade da Casa Branca se encontrou com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.
“Israel seleciona seus alvos e tenta distinguir ataques que atingem o Hamas e aqueles que podem tirar a vida de civis inocentes”, afirmou a repórteres. “Israel tem a intenção de garantir que está traçando essas distinções de forma clara e sustentável. Queremos ver resultados à altura disso”, alfinetou.
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Fardo e responsabilidade
No sutil tom de crítica, já um pouco diferente do apoio total e completo que proferiram os Estados Unidos no início da guerra, o conselheiro de segurança nacional americano reiterou que terroristas do Hamas se escondem entre os civis, criando um “fardo incrível” para as Forças de Defesa de Israel (FDI), mas enfatizou que isso não justifica a morte de pessoas inocentes.
“Agora, esse fardo não diminui a responsabilidade das FDI de agir de uma forma que distinga alvos terroristas e pessoas inocentes, nem de tomar todas as precauções para proteger os civis e minimizar a perda de vidas”, acrescentou Sullivan.
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“Também não diminui o fardo, a propósito, de garantir que assistência humanitária flua em quantidades suficientes para que o povo palestino tenha acesso a alimentos, água, medicamentos e saneamento”, disse ele, acrescentando que seu governo transmitiu essas mensagens “de forma bastante clara” a Netanyahu.
Autoridade Palestina
Também nesta sexta, Sullivan viajará para a Cisjordânia, território palestino parcialmente ocupado por assentamentos judeus. Lá, deve reunir-se com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah.
Na mesma coletiva, o conselheiro da Casa Branca afirmou que a Autoridade Palestina, responsável pela administração da Faixa de Gaza até 2006 – quando foi expulsa pelo Hamas – precisa ser “renovada e revitalizada” para que possa voltar a governar o território após o fim da guerra.
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“Caberá aos líderes da Autoridade Palestina trabalhar nos tipos de medidas que precisam tomar para reformar e atualizar a autoridade para a situação que enfrentamos hoje”, disse Sullivan, acrescentando que que o controle, a administração e a segurança de Gaza deveriam passar para os palestinos, algo que vai contra declarações anteriores de Netanyahu, que defende que Israel fique responsável pelo enclave após o conflito terminar.