Os Estados Unidos cobraram do Brasil nesta segunda-feira (10) uma posição firme contra uma eventual invasão da Rússia à Ucrânia.
Desde 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, posicionou 100.000 soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia para evitar que o país se aproxime do Ocidente.
A cobrança aconteceu durante um telefonema entre o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, nesta segunda-feira.
Blinken disse será necessário “uma resposta forte e unida” contra uma eventual ofensiva russa contra Kiev.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a crise no leste da Europa foi uma das prioridades discutidas entre os dois durante a conversa.
O comunicado afirma que a diplomacia americana pretende trabalhar com o Brasil em questões regionais, como a situação calamitosa do Haiti.
Recentemente, o Brasil voltou a ter assento no Conselho de Segurança da ONU.
Também nesta segunda-feira, diplomatas enviados por Washington e Moscou a Genebra, na Suíça, discutiram uma posição distensão na fronteira ucraniana.
A reunião durou mais de oito horas em Genebra, na Suíça. Segundo o Kremlin, não existem planos de invasão.
“Não há razão para temer algum tipo de cenário de escalada”, disse Sergei Ryabkov.
“As negociações foram difíceis, longas (…). Temos a sensação de que o lado americano levou as propostas russas muito a sério e as estudou profundamente”, acrescentou.