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Estado Islâmico reafirma autoria do ataque à Rússia

Presidente Vladimir Putin mantém teoria de envolvimento da Ucrânia na tragédia; sobe para 137 o número de mortos.

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h09 - Publicado em 24 mar 2024, 17h21
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  • O grupo terrorista Estado Islâmico, também conhecido como ISIS no Oriente Médio, liberou novos vídeos para reafirmar autoria do ataque à casa de show russa Crocus City Hall, localizada a 20 km do Kremlin. Moscou não assistia um atentado dessas proporções há mais de uma década. Centenas de pessoas aguardavam na sexta-feira (22) à noite a apresentação da banda Picnic, quando começaram os disparos. Depois vieram as explosões e a casa pegou fogo. O comitê de investigação do país informou que foram mortas 137 pessoas durante o ataque terrorista, que ocorreu cinco dias depois da reeleição do presidente russo Vladimir Putin. Inimigo da Rússia, o Estado Islâmico apoia o regime do ditador da Síria Bashar al-Assad.

    O vídeo divulgado mostra os atiradores armados gravando a ação deles na casa. Nas imagens, os terroristas entram no lobby, caçam os espectadores e atiram à queima-roupa. Um deles diz: “Mate sem clemência.” Putin ainda não compareceu ao local do crime. Porém, foram divulgadas imagens oficiais do presidente russo acendendo uma vela para as vítimas em uma igreja em sua casa.

    Desde que começaram as investigações sobre o massacre, o presidente russo insiste em incriminar a Ucrânia. De acordo com o Kremlin, 11 suspeitos foram presos – entre eles quatro terroristas envolvidos diretamente no ataque e detidos ao cruzar a fronteira ucraniana. A teoria russa é de ter havido facilitação da passagem dos criminosos por parte dos inimigos. Kiev nega as acusações. O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo afirma, no entanto, que os terroristas tinham contatos na Ucrânia. As investigações procuram levantar quem forneceu o transporte, as armas, os esconderijos e ainda planejou o esquema.

    O porta-voz da Inteligência da Defesa ucraniana Andriy Yousov lembra que Briansk, cidade russa onde os terroristas, a princípio, foram detidos, é uma região de guerra, repleta de militares, portanto uma rota de fuga “suicida”. A Casa Branca voltou a emitir um comunicado em que está confiante da não participação da Ucrânia na carnificina. As buscas pelos sobreviventes na casa de show acabaram no último sábado (23). Apenas 50 pessoas foram identificadas.

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