A Procuradoria espanhola pediu a emissão de uma ordem de captura europeia contra o presidente da Catalunha destituído Carles Puigdemont e quatro de seus conselheiros que não compareceram para depor nesta quinta-feira em Madri.
Os cinco foram acusados de rebelião e sedição pelo governo da Espanha após a declaração unilateral de independência. Eles foram convocados para comparecer diante da Audiência Nacional espanhola, um alto tribunal especializado em casos complexos, porém estão em Bruxelas e não compareceram.
A Procuradoria da Audiência solicitou especificamente que a ordem de prisão seja direcionada às autoridades da Bélgica, onde “se encontram ou ao menos para onde viajaram” os envolvidos. A juíza responsável pelo caso deve decidir agora se aceita o pedido.
Os procuradores alegam que Puigdemont e os quatro conselheiros ignoraram suas reiteradas convocações e ligações telefônicas. Além disso, indica que tanto o ex-presidente como os conselheiros Antonio Comín e Meritxell Serret pediram para depor “por videoconferência, mas sem oferecer dado algum sobre seu atual paradeiro”.
Estavam convocados para depor na Audiência Nacional catorze integrantes do governo catalão investigados por rebelião, sedição e desvio de fundos por seu papel na proclamação da república catalã em 27 de outubro, ao que o governo central de Mariano Rajoy respondeu com a destituição do Executivo catalão e a dissolução do Parlamento regional. As acusações incluem delitos muito graves e podem resultar em penas de até 30 anos de prisão.
Somente nove integrantes do governo destituído compareceram para depor nesta quinta. A Procuradoria solicitou a prisão preventiva de oito deles, enquanto o nono poderá evitar a prisão com o pagamento de fiança.