Espanha e Portugal enfrentam calor de até 48ºC e temem onda de incêndios
Países estão em alerta máximo e temem repetição das cenas vistas na Grécia e na Turquia
A chegada de uma forte onda de calor a Portugal e Espanha nesta quarta-feira (11) colocou os dois países em alerta máximo contra incêndios florestais.
Os termômetros chegaram a marcar 48ºC na capital espanhola, Madri, fazendo com que a cidade figurasse entre as localidades mais quentes do planeta.
De acordo com o serviço meteorológico espanhol, várias cidades ao longo do rio Tagus, que corta o país, estão registrando temperaturas superiores a 44ºC. Os meteorologistas afirmam ainda que o calor extremo deve perdurar pelo menos até a próxima segunda-feira (16).
“As temperaturas máximas e mínimas atingirão níveis muito acima do normal para esta época do ano”, disse o serviço meteorológico da Espanha, AEMET, ao emitir um alerta meteorológico especial.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, alertou que o clima quente e seco põe todo o país em risco. Em 2017, as chamas sem controle causaram uma tragédia, matando de 100 pessoas.
Alimentada pelo ar quente que sopra do Deserto do Saara, na África, a onda de calor atingiu primeiro Grécia, Turquia e Argélia, causando incêndios florestais de intensidade jamais observada.
Picos de temperatura não são incomuns na Península Ibérica durante o verão. Mesmo assim, cientistas afirmam que as mudanças climáticas causadas pela queima de combustíveis fósseis estão tornando o fenômeno mais extremo e prolongado.
Nas últimas décadas, os climatologistas detectaram um aumento de 2ºC na região mediterrânea, bem acima da média global.
Isso explica porque os incêndios florestais têm ganhado força na Europa, sobretudo na região do Mediterrâneo.