A Espanha aprovou nesta terça-feira, 16, uma série de novas medidas econômicas para atenuar o impacto da crise causada pela pandemia de coronavírus, que paralisou a economia mundial.
O governo aprovou o chamado Fundo Covid-19, que destinará 16 bilhões de euros (93,5 bilhões de reais) às regiões autônomas. Os locais mais impactados receberão mais dinheiro, que deverá ser utilizado principalmente na recuperação dos serviços de saúde (9 bilhões de euros) e de educação (2 bilhões de euros).
O resto do dinheiro compensará a queda de receita causada pelo confinamento, já que as regiões autônomas administram muitos dos serviços diretos aos cidadãos espanhóis.
ASSINE VEJA
Clique e AssineTambém foi aprovada uma última parcela de 15,5 bilhões de euros pelo Instituto de Crédito Oficial (ICO), dos quais 7,5 bilhões serão colocados à disposição das pequenas e médias empresas, enquanto 5 bilhões ficarão para as grandes empresas.
Verão espanhol
No setor do turismo, especificamente, 2,5 bilhões de euros serão injetados para garantir empréstimos às pequenas e médias empresas e aos trabalhadores autônomos, mas também para cobrir necessidades de liquidez ou fazer investimentos. O turismo representa cerca de 12% da atividade econômica e mais de um em cada oito empregos na Espanha.
Mesmo assim, o país segue com cautela. Também nesta terça-feira, a ministra das Relações Exteriores, Arancha Gonzalez Laya, disse que a Espanha deve impor quarentenas obrigatórias a viajantes britânicos quando reabrir suas fronteiras no domingo, 21.
Os britânicos representam mais de um quinto dos cerca de 80 milhões de turistas que a Espanha recebe todos os anos. Contudo, o Reino Unido, com mais de 41.000 mortes pela Covid-19, e Espanha, com mais de 27.000 – alguns dos países mais afetados pela pandemia – ainda estudam como reabrir fronteiras entre si.
Nesta segunda-feira 15, centenas de turistas alemães desembarcaram em Maiorca, como parte de um programa piloto de turismo. As chegadas estão sujeitas a verificações de temperatura, mas há possibilidade de testagem para coronavírus, se necessário.
(Com EFE e Reuters)