O governo do Equador concedeu cidadania a Julian Assange, do site de vazamento de dados e denúncias WikiLeaks. A informação foi confirmada pela ministra das Relações Exteriores equatoriana.
Segundo María Fernanda Espinosa, o governo do país sul-americano está buscando uma solução junto ao Reino Unido para o ativista, que está isolado há mais de cinco anos na embaixada do Equador em Londres.
O procedimento para a obtenção da cidadania equatoriana começou em setembro de 2017, a pedido de Assange.
Em entrevista coletiva, Espinosa afirmou temer por ameaças de outros países à vida do fundador do site. “Nenhuma opção de saída do abrigo da embaixada poderia se concretizar sem as seguranças necessárias e sem um acordo prévio com os países interessados”, disse a chanceler.
O Reino Unido anunciou mais cedo nesta quinta que rejeitou um pedido do Equador para que concedesse a Assange um status diplomático. Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico disse em comunicado que o governo equatoriano “sabe que a única maneira de resolver esta questão é que Assange deixe a embaixada para enfrentar a justiça”.
Assange está abrigado na embaixada equatoriana em Londres, sem poder sair do prédio, há mais de cinco anos, após ter buscado asilo para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de estupro.
(Com Reuters e AFP)