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Epidemia de sarampo causa 1.200 mortes em Madagascar

OMS alerta para aumento nos casos da doença em todo o mundo em 2019: 300% em comparação com os 3 primeiros meses do ano passado

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h50 - Publicado em 15 abr 2019, 17h06
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  • Mais de 1.200 pessoas morreram em Madagascar vítimas de um surto de sarampo. Ao menos 115.000 casos já foram registrados desde setembro do ano passado, em uma das maiores epidemias de uma doença viral que pode ser evitada com vacina dos últimos tempos.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maior parte das vítimas tem menos de 15 anos.

    Em Madagascar, apenas 58% da população é vacinada contra sarampo. De acordo com a OMS, porém, para que a prevenção da doença seja eficaz e haja alta cobertura de imunização, 95% da população deve ter tomado a vacina.

    “Infelizmente, a epidemia continua a se expandir “, embora em um ritmo mais lento do que há um mês, disse o Dr. Dossou Vincent Sodjinou, um epidemiologista da OMS em Madagascar.

    Algumas famílias no país resistem em vacinar suas crianças por influência da religião ou de discursos ideológicos de profissionais da saúde. Segundo Sodjinou, contudo, casos com esses são isolados. Na maior parte da África, a falta de vacinação está ligada à falta de acesso à saúde.

    Aumento mundial

    O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo e para a qual não há tratamento curativo, mas pode ser prevenida com duas doses de uma vacina “segura e eficaz”, segundo a OMS.

    Segundo a organização, contudo, os casos da doença no mundo quadruplicaram nos primeiros três meses de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. Na África, o aumento foi de 700%.

    “Até o momento, em 2019, 170 países relataram 112.163 casos de sarampo à OMS e, no ano passado, na mesma data, 28.124 casos de sarampo haviam sido registrados em 163 países, representando um aumento de quase 300% em escala global”, disse a agência da ONU em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 15.

    A África é a região mais afetada por este aumento, com uma elevação de 700% nos primeiros três meses do ano (em comparação anual), seguida pela Europa (+300%), o Mediterrâneo Oriental (+100%), as Américas (+60%) e a região do Sudeste Asiático/Pacífico Ocidental (+40%).

    O sarampo está reaparecendo em todo o mundo por causa da desconfiança em relação as vacinas nos países ricos, enquanto nos países pobres o aumento se deve à falta de acesso à saúde.

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    Segundo a OMS, além de Madagascar, surtos de sarampo estão aparecendo na República Democrática do Congo, Etiópia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Mianmar, Filipinas, Sudão, Tailândia e Ucrânia, “causando muitas mortes, principalmente entre as crianças muito novas”.

    A doença se manifesta por febre alta e, em seguida, erupção de placas. É contagiosa quatro dias antes e depois desta erupção.

    Muitas vezes benigna pode, no entanto, causar complicações graves, respiratórias (infecções pulmonares) e neurológicas (encefalite), especialmente em pessoas frágeis.

    (Com AFP)

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